sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

"Feliz Olhar Novo"




FELIZ OLHAR NOVO
(Carlos Drummond de Andrade)

"O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais...
Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero viver bem.
O ano que passou foi um ano cheio.
Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor machucou. Normal.
O próximo ano não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí?
Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é SABEDORIA !

*** E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência! ***

Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria três, a dos colegas.
Ou mude de classe, transforme-o em conhecido. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade ).
Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e
permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial !!
O próximo ano pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.
Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
O próximo ano pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou...
Pode ser puro orgulho !
Depende de mim, de você!
Pode ser.
E que seja!!!
Feliz olhar novo!!!"

domingo, 25 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL !!!


                            Desejo a todos os seguidores, leitores e amigos um FELIZ NATAL !!!!
                                                   Saúde, paz e amor incondicional a todos!


domingo, 18 de dezembro de 2011

Sarará Crioulo

                                      

Outro dia eu contei para vocês sobre uma expressão usada com freqüência pela minha mamis querida ao se referir a alguém com falta de sorte: a pessoa “cagada de arara”!

Foi exatamente o que ela me disse hoje quando contei a ela minha saga com a juba nas duas últimas semanas! Gentemmmmm um show de horror!

Eu já tive minha juba cortada com navalha por duas vezes e peguei trauma! Meu cabelo é fino e após várias navalhadas ele vira palha! Mesmo! Sem exageros! Bom, no penúltimo sábado resolvi testar uma nova cabeleireira. Para resumir um pouco a novela: além de usar a navalha, a moça ainda usou a tal de tesoura desfiadeira no meu cabelinho. Sabem o Edward Scissorhands? Igual. Era cabelo voando, literalmente, para tudo que era lado! E o pânico tomando conta de mim! A vontade era sair correndo daquela cadeira, mas aí eu pensava: “depois quem é que vai consertar essa P@#$% ?? Melhor esperar para depois passar máquina zero!”

Depois que o "Katrina" deixou minha cabeça ela resolveu secar com o difusor! Passou uns produtos mega bons e mandou ver! Ai eu relaxei! Estava com um look chique, bonito, de quem realmente foi a um haistylist cuidar das madeixas. Ai que alívio! Fui para casa porque mais tarde iria encontrar a turma!

Isso foi quando mesmo? No sábado. Beleza. O domingo já começou com uma amostra do que seria a semana. Meu sobrinho passa a mão no meu cabelo e com apenas uma palavra e um sorriso sarcástico, define o que achou no novo penteado: “pixaim!” Pensei: “vai passar, é apenas uma criança”! O que logo me fez lembrar que elas são extremamente sinceras. Ferrou. Bom, depois dessa, resolvi passar o resto do domingo em casa. E a juba lá, firme (e bota firme nisso) e forte.

A segunda-feira por si já é uma b@#!$: meu rodízio. Mas, já que era para ferrar algum dia da semana, a gente escolhe logo a placa do carro e ferra de vez com a segunda. Acordo correndo e nada de lavar a juba. Não vai dar tempo de secar e eu não vou correr o risco de sair de casa parecendo um personagem. E, para minha sorte, o cabelo continua lá: firme e forte! Fui. Olhares um tanto estranhos no trabalho. Mas tudo bem. Só tem homens no escritório e homens não entendem nada de “fashion hair”.

Terça chegou: não tinha jeito. Tinha que lavar a juba. Gente, o que era aquilo? Foi molhar e o cabelo sumir. Tentei manter a calma. Hora de secar: meudesdocéu! (assim mesmo tudo junto). Palha. Um lado repicado e o outro reto. Era como se o apocalipse estivesse se aproximando, o fim do mundo. E o resto da semana transcorreu na mais imperfeita ordem. Esquivando-me de olhares que pareciam dizer: “minha filha, o que foi que fizeram com você?!”

Mas, nem tudo estava perdido. A maga da navalha havia dito que o corte possuía garantia: lá vou eu no sábado seguinte solicitar uma reparação. Ufa. Nem tudo estava perdido. Foi colocar os olhos em mim e ela já sabia que precisava ser ajustado, digamos assim. Bom, fim da história. Seja o que for que aconteça agora, nada mais de tesoura, e eu terei que suportar por pelos menos dois meses até crescer algo aqui.

Na terça-feira era dia de retocar a cor do infeliz. Bom, problema nenhum já que eu compro a tintura que eu gosto e a outra cabeleireira só precisa aplicar. Mas, como eu saí correndo, esqueci em casa aquela meleca branca que mistura na tintura, e levei só a caixinha com a dita cuja. Problema nenhum também porque todo cabeleireiro tem essa meleca.

Fui. Já na lavagem a moça pergunta: ” você resolveu clarear o cabelo?” Pensei: “ou ela está louca ou eu comprei a tinta errada! PQP! De novo não!” Vamos lá, seca essa P&¨%$#!

“Gê, você misturou a meleca branca na tintura?” E ela responde que sim.

“Deixe-me ver a caixa, você não trocou isso, Gê?” E ela responde que não!

Conclusão: meu cabelo ficou sim no tom chocolate. Chocolate ao leite! PQP a minha sogra! Não é possível. Que cor é essa?

Chegando em casa, “ao leite”, olho a meleca branca que eu esqueci de levar, e que é da mesma marca da tintura, e descubro que o volume da meleca é diferente! Volume? Essa P(*&¨% não deveria ser tudo igual? Meleca é meleca e essa merda ferrou a cor da tinta! Ok. Não vou mais me estressar. Compro outra e retoco essa .... essa cor dos infernos.

Toca o interfone. É o porteiro Zé dizendo que tinha um envelope para mim na portaria.

“Zé, por que você não colocou embaixo da porta junto com os outros?”

“É que tem uma coisa dentro e não passou embaixo da porta.”

Só faltava... o que será que é? Antraz? Carta bomba? Um pacote gordo de multas de trânsito?

E lá estava ele, dentro de um envelope, frio... distante... cruel... e junto com ele a chave do apartamento sendo devolvida. Assim... de repente...sem nenhuma explicação aceitável...sem nenhuma compaixão. Curto e grosso o bilhete dizia: “não venho mais. Aqui está sua chave. Assinado: minha (agora EX) faxineira.

Eu devo ter jogado pedra na cruz. Eu fiz canga do Santo Sudário! Só pode ser.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Onde está sua mala?


PARE DE CARREGAR A MALA DOS OUTROS!
Por Marlene Damico Lamarco


"Você acredita que carrega malas alheias? Vamos fazer um exercício?

Como você reage quando seu filho não quer fazer a lição? Ou quando alguém não consegue arrumar a própria mala para a viagem de férias, perde a hora do trabalho com frequência, gasta mais do que ganha… e muitas coisinhas mais que vão fazendo você correr em desvario para tapar buracos que não criou e evitar problemas que não afetam sua vida diretamente?

Não afetam a sua vida, mas afetam a vida de pessoas queridas, então, você sai correndo e pega todas as malas que estão jogadas pelo caminho e as coloca no lombo (lombo aqui cai muito bem, fala a verdade) e a sua mala, que é a única que você tem a obrigação de carregar, fica lá, num canto qualquer da estação.

Repetindo, a sua mala, que é a única que você tem obrigação de carregar, fica lá jogada na estação!

Temos uma jornada e um propósito aqui neste planeta e quando perdemos o foco, passamos a executar os propósitos alheios.

A estrada é longa e o caminho muitas vezes nos esgota, pois o peso da carga que nós nos atribuímos não é proporcional à nossa capacidade, à nossa resistência e o esgotamento aparece de repente.

Esse é o primeiro toque que a vida nos dá, pois, quando o investimento não é proporcional ao retorno, ou seja, quando damos muito mais do que recebemos na vida, nos relacionamentos humanos ou profissionais, é porque certamente estamos carregando pesos desnecessários e inúteis.

Quando olhamos para um novo dia como se ele fosse mais um objetivo a cumprir, chegou a hora de parar para rever o que estamos fazendo com o nosso precioso tempo. O peso e o cansaço nos tornam insensíveis à beleza da vida e acabamos racionalizando o que deveria ser sacralizado.

É o peso da mala que nos deixa assim empedernido.

Quanto ela pesa?

Quanto sofrimento carregamos inutilmente, mágoa, preocupação, controle, ansiedade, excesso de zelo, tudo o que exaure a nossa energia vital.

E o medo, o que ele faz com a gente e quanta coisa ele cria que muitas vezes só existe dentro da nossa cabeça?

Sabe que às vezes temos tanto medo de olhar para a própria vida que preferimos tomar conta da vida dos filhos, do marido, do pai, da mãe… e a nossa mala fica na estação…

O momento é esse, vamos identificar essa bagagem: ela é sua? Ótimo, então é hora de começar uma grande limpeza para jogar fora o lixo que não interessa e caminhar mais leve.

Agora, se o excesso de peso que você carrega vem de cargas alheias, chegou a hora de corajosamente devolvê-las aos interessados.

Não se intimide, tampouco fique com a consciência pesada por achar que a pessoa vai sucumbir ao fardo excessivo. Ao contrário, nesse momento você estará dando a ela a oportunidade de aprender a carregar a própria mala.

A vida assim compartilhada fica muito mais suave, pois os relacionamentos com bases mais justas e equânimes acabam se tornando mais amorosos, sem cobranças e a liberdade abre um grande espaço para a cumplicidade e o afeto.

Onde está a sua mala?"

E a você acabou de ler esse texto maravilhoso eu desejo uma ótima viagem pela vida e que sua mala esteja mais leve a cada dia!