sábado, 29 de outubro de 2011

“Sabe qual é o seu problema?”


Eu quero morrer de catapora roxa quando alguém me responde qualquer colocação que eu faça com essa máxima: “sabe qual é o seu problema?”

“Não, não sei. Diga você! Qual é? E já que você é profissional e está disposto a me analisar de graça, aproveita e faz o serviço completo: dê também a solução para o que você acredita ser o meu problema!”

Fala sério? A vontade é de dar uma resposta assim, invertida, atravessada! Mania feia essa que muita gente tem de achar que conhece mais de você e dos seus problemas do que você mesmo. Tudo bem que quem está de fora enxerga melhor o contexto, o problema. Mas, daí a já mandar essa droga de frase na lata, como se a gente não tivesse a menor idéia do que está acontecendo em nossa vida, já é demais.

Tremenda falta de sensibilidade. Bom seria se alguém viesse até você com o diagnóstico correto e tirasse a solução da manga!

Pronto! Falei e desabafei!

E hoje é isso. Se não for isso, é mais ou menos isso.

domingo, 23 de outubro de 2011

Cagada de pombo, de arara....



Eu cresci ouvindo minha mãe (mineiríssima) usar esta expressão vez ou outra quando algo saía errado para ela ou para alguém próximo a ela. Tipo: “sou cagada de arara mesmo”, ou “nossa, mas você está cagada de arara, hein”!

Eu sempre entendi que ela falava (ou melhor, fala) sobre a falta de sorte ou má sorte, como queiram, mas nunca de fato vi nada de tão ruim em uma arara inofensiva lançar suas fezes sobre a cabeça de alguém. Lava a juba e pronto! Não é motivo para achar que se trata de má sorte, muito menos relacionar algo aparentemente tão bobo com um infortúnio verdadeiro.

Claro, isso até o dia em que estava na varanda de uma pousada em Ilhéus, jogando buraco com uma amiga da faculdade, já tarde da noite, quando no meio do carteado e do bate-papo uma lagartixa nojenta resolve utilizar sua mira a laser e lançar seu lixo intestinal sobre o ombro DA AMIGA, graças a Deus! Naquele momento, além de dar muita risada, percebi que eu havia tido um golpe de sorte! Fora o ombro dela o escolhido para receber o jato nojento e não o meu! Isso é que é sorte!

Mas, uma semana como essa que acabou me faz pensar que às vezes as araras, os pombos, as lagartixas tiram mesmo um tempo para me sabotar geral! Comecei a semana levando tinta do portão do salão de cabeleireiro no meu veículo. Chovia pacas e eu tentava dar ré e falar ao telefone ao mesmo tempo. Para logo em seguida chegar em casa e descobrir que a assistente da dita cuja deixou mais tinta no meu cabelo do que no estoque inteiro do estabelecimento. Ok, vamos respirar fundo. A semana continua e eu comprovo, mais uma vez, que tenho o dedo podre para homem. Não satisfeita, a dona arara dá um jeito de a Receita Federal melar outra vez meu pedido de licença de importação. E assim transcorreu a semana. “Cagada” em cima de cagada!

Mas aí eu passo um fim de semana tranqüilo, junto à família, com aqueles que realmente me amam incondicionalmente, preparo uma pasta que é um sucesso, paparico a sobrinha fofinha, o pai, a mãe, tomo uma cervejinha com os irmãos, e percebo que uma “cagada” do que quer que seja não me impede de dar valor aos bons momentos da vida! E eles são muitos e certamente muito mais do que qualquer pombo pode “sujar”!

domingo, 9 de outubro de 2011

Essas mulheres.....



Estava aqui pensando no tema do post de hoje, e me lembrei que outro dia liguei a televisão e passava uma espécie de filme/documentário brasileiro que abordava a relação da mulher com o sexo em diferentes níveis da sociedade. O mais engraçado é que o tal filme/documentário conseguia tratar do assunto indo do drama à comédia em questão de segundos. Os momentos de “epifania” aconteciam quando rolavam as entrevistas com mulheres da vida real (é aí que o filme mostrava ares de documentário). Era incrível a propriedade com que davam suas respostas.

Elas afirmavam coisas como o homem é como um “botãozinho”: você aperta, ele sobe, funciona e goza. A mulher é um painel de controle e o homem, muitas vezes, não está interessado, tem pressa ou é egoísta demais para parar e conhecer todos os “botõezinhos” que ele tem que apertar. E emendavam com coisas do tipo: “sem contar que ele que não tem a menor idéia do que fazer com a língua, com a boca: coloca força e vai friccionando como se estivesse chupando outro homem! Um absurdo! Tem que fazer como se estivesse beijando! E na hora que ele acha o ponto certo não pode mudar de jeito nenhum! Se não aí ferrou, tem que começar tudo de novo!”

E depois de falar sobre a falta de habilidade do homem em utilizar a língua, uma das entrevistadas, dona de um sex shop, completa: “ah o campeão de vendas é o rabbit: o dia que um homem fizer o que ele faz o mundo acaba!” kkkkkk imagina a velocidade do bicho!

Também reclamavam sobre o fato de ser vedado à mulher o direito de discutir a relação após uma “trepada bem dada”, e que era um absurdo o homem não entender isso! Para tudo! Aí já achei demais, porque se foi mesmo bem dada, quem é que tem fôlego para imediatamente engatar uma conversa que acaba virando uma discussão? Eu até tenho, mas é para engatar outra bem dada! Fala sério. Mulher também escolha cada momento para DR que pelo amor!

E ainda tem mulher que vive o dilema de dar ou não no primeiro encontro. Tem mulher que acha que se der, fica muito fácil e depois o cara não vai mais procurá-la. Tem a que acha que se não der, o cara desiste porque acha que a mulher está se fazendo de difícil, e some. Acontece que os homens estão sumindo de um jeito ou de outro. “E agora, José?” Dá logo e pronto.

Também falaram sobre renúncia sexual feminina. Isso acontece? Tem mulher que não gosta de sexo, não dá tanta importância quanto os homens e passam muito bem sem. Mas, eu não sou sexóloga e NÃO renunciei ao meu “mandato”! Então, me abstenho DE COMENTAR o tema, só isso! (Melhor deixar claro!)

E depois de muito bla bla bla, muito discurso feminista envolvendo questões sexuais, meu amigo Dé que assistia ao filme/documentário junto comigo (porque eu liguei para ele e fiz o cara mudar de canal, afinal eu precisava de uma opinião masculina sobre todos aqueles relatos), resumiu muito bem tudo.

“A mulher pode até agir como homem, vivendo toda essa diversidade, levando um homem diferente para a cama todo dia, mas ela sempre irá acordar no dia seguinte e terá a esperança de que aquele homem vai ligar! Ou seja, ela nunca irá pensar como homem.”

E quer saber? Graças a Deus eu nunca vou pensar como um homem!

Agora, Dé, preciso te dizer: levar um homem diferente para a cama a cada dia, com tantos da sua espécie saindo de dentro do Marabrás, definitivamente não seria possível!

domingo, 2 de outubro de 2011

Cuidar dos pés, cuidar de mim...




"Insistir naquilo que já não existe é como calçar um sapato que não te cabe mais... Machuca, causa bolhas, chega a carne viva e sangra. Então é melhor ficar descalço ! Deixar livre o coração, enquanto vive. Deixar livre os pés, enquanto cresce. Porque quando a gente cresce, o número muda! Às vezes você tem que esquecer o que você QUER pra começar a entender o que você MERECE"...

Autoria desconhecida

As teorias todas que leio aqui e ali, que escuto das amigas, dos profissionais da área de comportamento, etc. são verdades incontestáveis. Do meu ponto de vista, claro. O problema é trabalhar o consciente, o subconsciente, o ego, o bendito ego! Difícil é exercitar isso continuamente. Difícil é colocar tudo em prática. Ok. Não sou perfeita. Ninguém é perfeito. Então não vou me cobrar tanto. O negócio é dar um passo de cada vez, pouco a pouco. Auto-sabotei? Retomo. Errei? Começo de novo. O mais importante era identificar a necessidade de dar um basta e isso eu acabo de fazer! Entender que o sapato pode até ser lindo, mas não é meu número, e que o melhor a fazer é livrar meus pés do incômodo para que eles possam caminhar em outra direção. Certa ou errada. Não sei. Não importa. Mudar o caminho às vezes é necessário. Pode não ser o mais curto e pode ser que eu tenha que caminhar um pouco mais, que não encontre um atalho. O importante é seguir e continuar experimentando outros sapatos. Um dia o pé deixa de crescer e o sapato vai calçá-lo confortavelmente! Talvez não seja um Jimmy Choo ou um Christian Louboutin, mas com certeza será “o” sapato! E se não aparecer eu vou continuar caminhando assim mesmo. Pés descalços, porém, sem machucá-los!

“Esquecer o que você quer, para entender o que você MERECE...”

Esse vai ser o meu mantra da semana!