domingo, 26 de junho de 2011

"Acooooooooooorda, menina!"



A gente sabe o que deve fazer. Ao menos quando o assunto é relacionamento é assim que funciona. A gente sempre sabe exatamente qual a maneira correta de agir, que atitude tomar, quando entrar em uma briga, quando fazer valer nossa vontade, quando ceder se for o caso, quando sair de cena, quando jogar a toalha... Mas o que é que fazemos sempre? Exatamente o contrário. Fala a verdade: é ou não é assim que funciona com você?

Só que mulher é assim: quando quer, de verdade, alguém ou alguma coisa, fogo morro acima e água morro abaixo, ninguém segura! E é justamente aí que mora o perigo! Porque quando fazemos o contrário daquilo que sabemos que deve ser feito, geralmente já sabemos também que não vai acabar bem e que alguém vai acabar decepcionado, frustrado, sofrendo, e esse alguém, 99,9% das vezes, somos nós. E mesmo assim a gente insiste! E por quê? Porque somos teimosas. Porque queremos lutar até o fim, afinal, é assim que deve ser e não podemos desistir facilmente. Porque temos a ilusão, se é que utilizo a palavra correta, de que podemos mudar uma situação, achamos que temos este poder, veja só! Sem contar que somos as rainhas da esperança! Aliás, se a esperança tivesse que ser materializada com certeza ela seria uma mulher! A gente sempre tem esperança que a situação mude, ou que a pessoa mude, ou que o tempo mude...

E além da frustração gerada no final do processo, qual é a outra importante conseqüência desse nosso comportamento? Perdemos algo que nada nem ninguém jamais poderá nos devolver: o bom e precioso TEMPO! Perdemos tempo dando murro em ponta de faca, apostando em situações erradas que já sabemos que estão fadadas ao fracasso! E aí a fila não anda no ritmo que deveria! Deixamos de viver outras situações, outras histórias. Deixamos de dar chance ao novo. Deixamos de olhar para o lado. Deixamos de viver o momento presente porque estamos sempre presas àquela bendita situação que nunca vai se resolver.

Que inferno! Somos burras? Não. Gostamos de sofrer? Eu não gosto. O papel de “coitada” nos cai bem? Deus me livre deste modelito! Então o que é? Por que nos faltam a racionalidade e a praticidade necessárias no momento de cair fora, de dar um basta, de seguir em frente? Por que temos que esperar até o ponto em que será preciso uma pá para juntar o que sobrou de nós, e só depois de curtir a companhia de um bode preto amarrado do nosso lado por um bom tempo, resolvermos seguir em frente?

"Acoooooooooooordaaa, menina!" Como diz aquela “famosa” apresentadora.

sábado, 18 de junho de 2011

Música x Conquista

“Uma análise da evolução da relação entre a conquista e o amor do homem para com a mulher através das músicas que marcaram época. Não é saudosismo, mas vejam como os quarentões, cinqüentões tratavam seus amores. Deve ser por isso que de vez em quando vemos uma mulher nova enroscada no pescoço de um quarentão, cinqüentão...


Década de 30:
Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta:

"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada. És formada com o ardor da alma da mais linda flor, de mais ativo olor, na vida é a preferida pelo beija-flor...."

Década de 40: 
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira, escreve para Rádio Nacional e manda oferecer a ela uma linda música:

"A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua,costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho, que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar"

Década de 50:
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa:

" Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça.É ela a menina que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar. Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema.É a coisa mais linda que eu já vi passar."

Década de 60:
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço, ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:

"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem mais bonito. Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...."

Década de 70:
Ele chega em seu fusca, com roda tala larga, sacode o cabelão, abre a porta para mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:

"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar....Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar...."

Década de 80:
Ele telefona pra ela e deixa rolar um:

"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara. Choque entre o azul e o cacho de acácias, luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...."

Década de 90:
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:

"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar.E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?"

Em 2001:
Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail:

"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão! Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te cortar na mão!Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou sim"!

Em 2002:

Ele manda um e-mail oferecendo uma música:

"Só as cachorras! Hu Hu Hu Hu Hu!
As preparadas! Hu Hu Hu Hu!
As poposudas! Hu Hu Hu Hu Hu!"

Em 2003:
Ele oferece uma música no baile:

"Pocotó pocotó pocotó...minha éguinha pocotó!

Em 2004:
Ele a chama para dançar no meio da pista:

"Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ah! Que isso? Elas Estão descontroladas! Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão descontroladas!"

Em 2005:
Ele resolve mandar um convite para ela, através da rádio:

"Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lele!"

Em 2006:

Ele a convida para curtir um baile ao som da música mais pedida e tocada no país:

"Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!Calma, calma foguetinha!!! Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim!"

Em 2010:
Ele encosta com seu carro com o porta-malas cheio de som e no máximo volume:

" Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás.
Pra que você quer saber?
Eu sou o lobo mau, au, au
Eu sou o lobo mau, au, au
E o que você vai fazer?
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer"

Desconheço a autoria da análise acima. Mas o fato é: como diria o “filósofo”, palhaço e político, Tiririca, “pior do que está não fica”! Que triste.

sábado, 11 de junho de 2011

"Mulheres de sucesso querem poder . . .


...AMAR". Ainda não li, mulherada, mas já vou providenciar e recomendo mesmo sem ter lido! Porque com esse título no mínimo vai render muito pano para manga, muito tricô, muita conversa! Depois abro o tema para nossas discussões "peludas", combinado?

"Mulheres de sucesso querem poder . . . amar
Autora: Joyce Moysés


A maioria das mulheres hoje sofre com a ilusão de que precisa escolher entre batalhar por uma carreira de sucesso e investir tempo para viver um amor. Este livro mostra que esse dilema é falso: as mulheres poderosas e bem-sucedidas, que estão no auge do desempenho profissional, também querem - e podem - desfrutar de um amor duradouro. A autora, com sua longa experiência com o público feminino contemporâneo, afirma que esse é um direito de toda mulher. E mostra, passo a passo, como combinar a realização na carreira com a felicidade nos relacionamentos afetivos. Mulheres de sucesso querem poder . . . amar aponta que o caminho para conciliar trabalho e romance está em seis mudanças de atitude:
- Abandonar a capa de "super" e agir como uma mulher adulta.
- Achar tempo e energia.
- Dimensionar seus planos e ações para caber amor.
- Cultivar desejo e criar sua assinatura erótica .
- Ter vínculo e cumplicidade com ele para ajudar na sua carreira.
Uma coleção de especialistas.
Joyce Moysés entrevistou, especialmente para este livro, grandes autoridades em comportamento feminino, que contribuíram com sua visão e preciosos conselhos. Alguns deles:
- Contardo Calligaris
- Laura Muller
- Clarice Niskier
- Amália Sina
- Luciana Saddi
- Thomaz Wood Jr.
- Jacob Pétry "

Fonte: Editora Gente (clique aqui e será direcionado para a resenha completa do livro)

Em tempo: não conheço pessoalmente a autora, não trabalho para a editora e, portanto, a indicação é apenas mais um serviço de "utilidade pública" deste blog nosso de cada dia!

domingo, 5 de junho de 2011

"Artista da Pegação"



"Pick up artists" ou PUA´s, como gostam de ser chamados. É mole, comadre? Eu só fiquei sabendo disso ontem, e parece que estou bem atrasada: sucesso na Europa e nos Estados Unidos, o Brasil também tem o famoso (ou não) curso para os homens que querem se tornar um “pick up artist” ou um “Artista da Pegação”, como é chamado o curso no Brasil.

Trata-se de um curso para homens que querem aprender ou aperfeiçoar a arte de “pegar” mulher na balada. Eu não sei se é para rolar no chão de rir ou se é para sentar e chorar mesmo. O tal curso é ministrado (olha como estou deixando a coisa chique) no Brasil por um inglês e mais uns três ou quatros “pegadores” profissionais, porém brazucas mesmo. Segundo dizia a matéria que li a respeito, os interessados vão de baixinhos, gordinhos, "feiutchos", tímidos a bonitões que não sabem o que fazer com a beleza. A coisa toda funciona mais ou menos assim: os interessados pagam aproximadamente R$ 1.200,00 por aulas teóricas e práticas de como tornar-se um “putcha pegador”. Na aula teórica, eles são reunidos no QG dos professores para receber dicas de “aproachs” verbais, linguagem corporal, dança, vestimenta, como utilizar uma “wing girl” na hora da conquista (essa é uma amiga do cara que chega para dar uma força e ajudá-lo a se enfronhar na rodinha onde se encontra “alvo” do momento) etc. E, na aulas práticas, eles saem para o “boot camp” (campo de batalha, ou seja, a balada propriamente dita) e aplicam toda a teoria recebida. Tira a nota mais alta na aula prática aquele que conseguir beijar maior número de bocas, que trocar mais contatos, e o que sai acompanhado deve tirar nota dez e receber o diploma de pegador ali mesmo, não é? Aí o dito cujo está pronto para ser lançado de volta no “mercado” porque ele acaba de se tornar um verdadeiro macho alfa!
Ou seja, ou o cara é tão bom de papo que leva qualquer uma no bico, na bota, no carro, na moto, na conversa, ou o cara passa do limite do "bom de papo" e passa a ser quase que um sociopata na arte da enganação, ou é tão desarticulado que precisa de aula para abordar uma "dama"? Será que algum homem pode expressar sua opinião a respeito do tema?

Espera aí! Eu já vi este filme: Will Smith estrelando Hitch! Aquele do conselheiro amoroso! Agora, vamos falar sério aqui: será que os homens estão mesmo precisando disso? Com tanta mulher dando sopa e “otras cositas más” por aí, mesmo assim, ainda tem cara que precisa de aula para beijar boca de “peguete” de balada? Meu amigo, se você não anda pegando mulher na balada, gripe ou nem mesmo papel na ventania, vai tentar pegar outra coisa! Sei lá, tenta pegar ônibus lotado, pegar fila do INSS, pegar carona em dia de greve da CPTM em no ABC Paulista. Ahhhhhhhh vá!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mulheres, ai que orgulho!!!!


E depois das parvoíces do MEC relatadas recentemente aqui no Peludão (apenas algumas, porque parece que o buraco é maior do que se imagina), só mesmo uma mulher como a dona Isolina (foto) para alegrar ainda mais meu dia, e para provar que, no que depender das mulheres, nem tudo está perdido! O exemplo dessa senhora vai além da vontade de aprender a ler e a escrever! O recado dela também vai para os sectários do ócio vegetativo: se pudesse ela ainda estaria trabalhando aos cem anos de idade! Sem preguiça, moçada!

Que orgulho, dona Isolina! Que coisa mais feia e peluda, Sr. Haddad!

"A aposentada Isolina Mendes Campos viveu um século sem conseguir ler e escrever. Agora decidiu reverter a situação. Aos cem anos de idade, a vovó estudante é um dos 45 matriculados no curso de alfabetização de jovens e adultos da Escola Municipal Moacyr Camargo Martins, em Londrina (PR).
De acordo com a diretora da escola, Regina Pierotti, a presença da aluna centenária despertou a admiração dos mais jovens."Ela é perseverante, tem vontade de aprender. Faz questão de chamar o professor para uma explicação mais detalhada", diz a diretora.
Isolina ingressou no curso em 1998, mas teve de deixar as aulas por problemas de saúde. Agora, em plena forma, resolveu voltar. “Quero dar o exemplo a quem está pensando em estudar”, afirma a aposentada. E a disposição dela não para nos estudos. Ela garante que, se a idade permitisse, procuraria um emprego. “Não gosto de ficar parada”, conta."

FONTE: Dimitri do Valle
Especial para o UOL Educação
Em Curitiba