domingo, 30 de janeiro de 2011

Muito mais do que um "bando"...!


É uma pena a guerra declarada entre os sexos! E olha que um dos objetivos é a união entre o feminino e o masculino.

Mas vamos lá: que o homem é um ser inseguro em alguns aspectos (a mulher também) e que nós gostamos de ficar com os amigos, não discordo, mesmo porque a mulher vai embora, os filhos crescem, os pais morrem, a carreira muda, o time perde, o dinheiro desaparece, mas o amigo fica. E no nosso caso a amizade, em grande parte, é uma verdade.

Bom, o homem não é todo este retrato negativo que minha grande amiga descreve, não somos monstros. Aliás, nem poderíamos, visto que nós nascemos de mulheres e somos criados por mulheres. Não faria sentido. Por acaso vocês já ouviram falar que o “homem se ilumina através de uma mulher”? Com certeza temos a sensibilidade que vocês cobram, temos a atenção que buscam, temos o amor que procuram....., mas não da mesma forma que vocês tem desenvolvido, aliás, lembrem-se: a sensibilidade está no feminino, o racional reside no masculino e o tesão é a união disso tudo! Agora, quando procuramos externar de alguma forma, as mulheres mesmos nos colocam em uma posição de fracos. Vocês já ouviram uma outra frase: “engole este choro, homem não chora”? As mulheres tem a capacidade de extravasar muitos dos seus sentimentos através das lagrimas ao invés de cometer atitudes violentas, já o homem se tornou um ser passional, engole, mata a mulher, comete o suicido ou morre mesmo do coração.

Como podemos ser complicados, se são as mulheres que tem tantas oscilações hormonais? Existe algo mais complexo que gerar um ser dentro do próprio corpo? Vejam bem, não é uma critica e sim uma exaltação. Não é nem um pouco simples! Absolutamente tudo muda dentro, fora e ao redor do corpo. As mulheres vão falar, é por isso que vocês homens tem que ter paciência, tolerância, sensibilidade, receptividade, e eu pergunto: esses sentimentos residem a onde? Eu lhes respondo: na Mulher. E nós temos, mas sendo aspectos femininos, como podemos responder a altura do que vocês esperam? Temos que aprender sim, mas não é pela competição e concorrência que iremos absorver, mesmo porque nós entendemos destas questões de competições e isso não leva a união dos dois seres.

Por isso, procurem demonstrar mais a essência maravilhosa que vocês possuem ao invés de ficarem nos caricaturando de seres ignorantes, covardes, inferiores e limitados. Podemos ser muito mais aliados do que concorrentes!

“Hay que endurecer, pero sín perder la ternura jamás!”

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E por falar em "bando"....



Que eles não vão amadurecer nunca nós já sabemos. Que a presença feminina lhes causa medo, inibição, e que exige que eles exerçam o papel de “Homem”, com H maiúsculo mesmo e não de moleque, também não é novidade.
Agora este papo de que sair em bando para ficar mais a vontade, e depois voltar para casa trazendo canela, cardamomo, cravo, peixe, pau Brasil e outras quinquilharias mais (que, diga-se de passagem, só serviam para dar mais trabalho para as mulheres), podia colar lá para a mulher do Cabral! Porque é claro que o relato omite as nativas que eles iam “catequizando” pelo caminho, se é que vocês me entendem!
Hoje, sai o boneco para “desbravar” uma região nova da cidade com seu “bando” e volta no dia seguinte trazendo pão e leite pro café da manhã para ver só o que acontece?! Se é que ela vai estar em casa quando ele chegar. Se é que ela estará sozinha tomando café.
Concordo que não é só por machismo que o homem age desta forma. É também por egoísmo, como bem disse a Taciana! Eles vivem neste mundinho “ervilha”, com medo de mulher, com medo de amar, com medo de assumir responsabilidades, com medo de assumir qualquer coisa que não seja cuidar do próprio umbigo.
Nós também gostamos de curtir apenas com as amigas, sem ter aquele “bando” de acéfalos por perto! A diferença é que sabemos dosar, sabemos que sendo uma só, temos que ser, ainda, filha, mãe, esposa, amiga, profissional, psicóloga, médica, economista, estrategista, e por aí vai. E eles não conseguem?! Por quê? São limitados? São diferentes? Com certeza. Inferiores? Dependendo do prisma pelo qual você os observa, são. Mas, em minha opinião peluda, o que eles são mesmo: covardes e egoístas! Resultado: deixam de viver! Iludem-se achando que a “ervilha” em que vivem é o paraíso.
Depois nós é que somos complicadas, não é Taciana? Existe uma diferença muito grande entre encarar a vida de frente e fugir dela!  Homem sem medo só mesmo em Hollywood, tipo Ben Afleck no papel de Daredevil! Ai que calor!
E, convenhamos, dizer que dentro deles se esconde um Homer Simpson é brincadeira! É ofender o Homer! O que eles escondem mesmo é um Ogro!
E quanto mais eu conheço os homens, mais eu gosto da minha coleção de sapatos!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Era uma vez....


W. 36 anos, mãe de uma princesinha de 1 ano e 6 meses, que mora em Taperoá, Paraíba, no cariri paraibano!
A W. me procurou após ler um comentário que eu postei no blog Vigilantes da Auto-Estima, da Gisela Rao, que eu altamente recomendo (tá na minha lista). Apesar de ler também o meu blog, o que chamou a atenção dela foi o meu comentário, porque através dele ela sacou de cara que estávamos passando por situação parecida em nossas vidas!
E ela tinha razão. Não vou entrar no tema porque nós duas estamos mais é a fim de superar, ou melhor, já superamos a rasteira que a vida nos deu recentemente. Mas, não posso deixar de comentar com vocês que foi muito bom ter “encontrado” a W. Pudemos conversar bastante, trocar experiências, conselhos, demos força uma para a outra e assim, mesmo distante, estamos conseguindo exorcizar a dor, a mágoa, a frustração e, melhor, o sentimento de vingança ou qualquer outro em relação a quem nos feriu.
Eu tenho a mania de achar que os meus problemas são os maiores, os piores, que o meu sofrimento é maior. Egoísta! Todo mundo tem problemas. E, muitas vezes, o meu acaba ficando pequeno, até mesmo insignificante, diante do problema do outro.
E entre outras coisas, nas poucas, porém ricas conversas que já tivemos a W., essa que para mim se mostrou mais uma grande mulher, uma mãe extremamente zelosa e coruja, uma guerreira, me ensinou que ajudar o outro pode ser o melhor caminho para ajudar a mim mesma.
W, querida, mi sinto muito honrada por você ter me procurado e muito feliz em poder compartilhar nosso “encontro” aqui no blog! Eu tenho certeza que daqui por diante a vida só te reserva coisas muito boas! Além do amor da sua princesinha e da sua família linda, você ainda irá encontrar muito amor na sua vida! Sabe por quê? Porque você tem muito amor no seu coração e é amor que você merece receber!
Pois é, o coração hoje não está peludo. Bom também, não é? 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Perseguição ao sexo feminino?


Se você que lê este texto agora for fã da música sertaneja, por favor, não me interprete de forma equivocada. Considero-me uma pessoa de gosto musical até que bastante eclético. E aquilo que não gosto, respeito. Mas, de uns anos prá cá (muitos anos, verdade seja dita), a música sertaneja tem me irritado demasiadamente por conta de suas letras que não fazem outra coisa a não ser colocar a mulher na posição de vilã.

É um que vai parar no banco da praça e recebe voz de prisão do guarda. Outro com o fio de cabelo que insiste em lembrá-lo que ela o abandonou. Tem aquele que nem trabalha mais direito, por culpa dela, claro! E tem o mandão que quer seu telefone riscado da agenda dela, afinal ele já cansou de “ser o remédio para curar o seu tédio”. Tem um que é completamente indeciso: chama a pobre de louca, deusa e feiticeira. Tem também o maníaco depressivo: “pense em mim, chore por mim, liga pra mim”. Sem contar o casal que vivia “entre tapas e beijos”, como se em pleno século 21 ainda existisse mulher que goste de apanhar! Vai ver tem né, oh meu pai! Na boca dos sertanejos a gente “não sabe o que é amar”, pode? Quem sabe? Os homens? E para completar tem aquele projeto de cantor que acha que a coitada é um conjunto de fenômenos da natureza, e com grande poder de destruição: “raio de saudade, meteoro de paixão, explosão de sentimento”. Este é o Armadinejad da música sertaneja!

E panela velha é a ¨&%$#@ !!!!!!

To virada no corisco!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Não dava para não postar!!


05/01/2011 – Folha de São Paulo
Bando

Publicado na revista Los Dos, Escrito por Antonio Prata às 00h53

"Nós, homens, somos seres amaldiçoados: passamos metade da vida buscando a mulher ideal e a outra metade procurando desculpas para sair com os amigos, sem que ela fique brava com a gente.
Mulheres, não nos julguem mal. Há algo de infantil em nossa alma que nunca amadurece. Um sentimento de bando que começa ali no tanque de areia, com quatro ou cinco hominhos cavucando e jogando conversa fora, e jamais se perde. “Que que cê tá fazendo aí, castelo?”. “Não, vulcão. E você?”. “Um túnel”. “Ah, legal. Posso ajudar?”. “Chega aí. Cava desse lado que eu cavo desse, vamos ver se junta”. O futebol de terça à noite, a cerveja domingo à tarde, o boliche ou a pescaria nada mais são do que repetição da mesma cena: quatro ou cinco moleques, sem nenhuma mulher por perto, dedicando-se a alguma tarefa simples e inútil.

Entenda, cara leitora, que não é por machismo que queremos ficar entre os do mesmo gênero, algumas horas por semana. É que a presença feminina sempre nos inibe. Exige seriedade, responsabilidade, maturidade. Diante de uma mulher, não há como não assumirmos nossas inúmeras personas de filhos, maridos, alunos. Por mais a vontade que estejamos, uma parte de nosso ser sempre estará alerta, preocupada em não falar com a boca cheia, não botar mostarda no feijão, usar corretamente os pronomes e plurais. Por que é assim? Porque as mulheres são chatas? Nada disso, é porque não queremos fazer feio, queremos impressioná-las bem, escondendo o Homer Simpson que vive em cada um de nós.

Se você for pensar bem, todos os grandes feitos do homem foram desculpas que arrumaram para ficar com os amigos sem que suas mulheres brigassem. Veja as grandes navegações: você nunca achou estranho que os caras saíssem da Península Ibérica e dessem a volta na África atrás de especiarias? É que eles precisavam de uma ótima explicação para se meterem em barcos por meses, só com homens e tonéis de bebida, parando de porto em porto. Voltando carregados de canela, cravo, cardamomo, açafrão e companhia, a barra ficava um pouquinho menos suja, em casa.
Mais tarde, Cabral, Pero Vaz e sua turma disseram que iam pras Índias, mas cruzaram o Atlântico, chegaram ao Brasil e encontraram várias índias nuas, “com as vergonhas mui saradinhas”, como escreveu Caminha ao rei. O que fizeram nossos portugas, para não dar chabu, na volta? Carregaram seus barcos com troncos de uma árvore de onde se extraía boa tinta vermelha, para tecidos. Disseram, “olha só, querida, erramos o caminho, voltamos meses após o combinado, mas agora você pode, finalmente, tingir as cortinas da sala”.

Assista Apolo 13 e você vai ver que a ida a Lua foi basicamente a mesma coisa. Um bando de homens construindo um brinquedinho capaz de levar três deles até nosso satélite natural. Fazer o que, lá? Picas! Ficar sem tomar banho, batendo papo, urinando num saquinho (sem se preocupar em levantar ou abaixar a tampa), comendo só comida industrializada, depois pousar, descer, coletar umas pedras, entrar na nave e voltar pra Terra. É o tanquinho de areia, elevado à milésima potência. E quando a nave falha e a brincadeira ameaça dar em tragédia, qual é a primeira cena que o filme mostra? A esposa de um deles, puta, ligando pra NASA: “que que tá acontecendo?!”. O cara lá da agência espacial, espécie de líder do tanquinho, diz pra mulher ficar calma, eles vão dar um jeito naquilo. Então convoca todos os cientistas e, por dias a fio, trabalham sem descanso. Claro. O que estava em jogo ali não era só a vida de três seres humanos, mas a palavra de todos os homens da Terra, quando dizemos que não é para elas se preocuparem ao sairmos, que vamos logo ali, encontrar uns amigos, fazer sei lá que coisa simples e inútil, mas voltamos antes do jantar – com um potinho de canela, suco de pau Brasil, uns peixes da pescaria ou uma pedra da lua.

Não era de se admirar que, com tanto em jogo, os astronautas chegassem vivos. "

Comentários??? Colaborador????