sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

"Feliz Olhar Novo"




FELIZ OLHAR NOVO
(Carlos Drummond de Andrade)

"O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais...
Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero viver bem.
O ano que passou foi um ano cheio.
Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor machucou. Normal.
O próximo ano não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí?
Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é SABEDORIA !

*** E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência! ***

Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria três, a dos colegas.
Ou mude de classe, transforme-o em conhecido. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade ).
Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e
permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial !!
O próximo ano pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.
Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
O próximo ano pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou...
Pode ser puro orgulho !
Depende de mim, de você!
Pode ser.
E que seja!!!
Feliz olhar novo!!!"

domingo, 25 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL !!!


                            Desejo a todos os seguidores, leitores e amigos um FELIZ NATAL !!!!
                                                   Saúde, paz e amor incondicional a todos!


domingo, 18 de dezembro de 2011

Sarará Crioulo

                                      

Outro dia eu contei para vocês sobre uma expressão usada com freqüência pela minha mamis querida ao se referir a alguém com falta de sorte: a pessoa “cagada de arara”!

Foi exatamente o que ela me disse hoje quando contei a ela minha saga com a juba nas duas últimas semanas! Gentemmmmm um show de horror!

Eu já tive minha juba cortada com navalha por duas vezes e peguei trauma! Meu cabelo é fino e após várias navalhadas ele vira palha! Mesmo! Sem exageros! Bom, no penúltimo sábado resolvi testar uma nova cabeleireira. Para resumir um pouco a novela: além de usar a navalha, a moça ainda usou a tal de tesoura desfiadeira no meu cabelinho. Sabem o Edward Scissorhands? Igual. Era cabelo voando, literalmente, para tudo que era lado! E o pânico tomando conta de mim! A vontade era sair correndo daquela cadeira, mas aí eu pensava: “depois quem é que vai consertar essa P@#$% ?? Melhor esperar para depois passar máquina zero!”

Depois que o "Katrina" deixou minha cabeça ela resolveu secar com o difusor! Passou uns produtos mega bons e mandou ver! Ai eu relaxei! Estava com um look chique, bonito, de quem realmente foi a um haistylist cuidar das madeixas. Ai que alívio! Fui para casa porque mais tarde iria encontrar a turma!

Isso foi quando mesmo? No sábado. Beleza. O domingo já começou com uma amostra do que seria a semana. Meu sobrinho passa a mão no meu cabelo e com apenas uma palavra e um sorriso sarcástico, define o que achou no novo penteado: “pixaim!” Pensei: “vai passar, é apenas uma criança”! O que logo me fez lembrar que elas são extremamente sinceras. Ferrou. Bom, depois dessa, resolvi passar o resto do domingo em casa. E a juba lá, firme (e bota firme nisso) e forte.

A segunda-feira por si já é uma b@#!$: meu rodízio. Mas, já que era para ferrar algum dia da semana, a gente escolhe logo a placa do carro e ferra de vez com a segunda. Acordo correndo e nada de lavar a juba. Não vai dar tempo de secar e eu não vou correr o risco de sair de casa parecendo um personagem. E, para minha sorte, o cabelo continua lá: firme e forte! Fui. Olhares um tanto estranhos no trabalho. Mas tudo bem. Só tem homens no escritório e homens não entendem nada de “fashion hair”.

Terça chegou: não tinha jeito. Tinha que lavar a juba. Gente, o que era aquilo? Foi molhar e o cabelo sumir. Tentei manter a calma. Hora de secar: meudesdocéu! (assim mesmo tudo junto). Palha. Um lado repicado e o outro reto. Era como se o apocalipse estivesse se aproximando, o fim do mundo. E o resto da semana transcorreu na mais imperfeita ordem. Esquivando-me de olhares que pareciam dizer: “minha filha, o que foi que fizeram com você?!”

Mas, nem tudo estava perdido. A maga da navalha havia dito que o corte possuía garantia: lá vou eu no sábado seguinte solicitar uma reparação. Ufa. Nem tudo estava perdido. Foi colocar os olhos em mim e ela já sabia que precisava ser ajustado, digamos assim. Bom, fim da história. Seja o que for que aconteça agora, nada mais de tesoura, e eu terei que suportar por pelos menos dois meses até crescer algo aqui.

Na terça-feira era dia de retocar a cor do infeliz. Bom, problema nenhum já que eu compro a tintura que eu gosto e a outra cabeleireira só precisa aplicar. Mas, como eu saí correndo, esqueci em casa aquela meleca branca que mistura na tintura, e levei só a caixinha com a dita cuja. Problema nenhum também porque todo cabeleireiro tem essa meleca.

Fui. Já na lavagem a moça pergunta: ” você resolveu clarear o cabelo?” Pensei: “ou ela está louca ou eu comprei a tinta errada! PQP! De novo não!” Vamos lá, seca essa P&¨%$#!

“Gê, você misturou a meleca branca na tintura?” E ela responde que sim.

“Deixe-me ver a caixa, você não trocou isso, Gê?” E ela responde que não!

Conclusão: meu cabelo ficou sim no tom chocolate. Chocolate ao leite! PQP a minha sogra! Não é possível. Que cor é essa?

Chegando em casa, “ao leite”, olho a meleca branca que eu esqueci de levar, e que é da mesma marca da tintura, e descubro que o volume da meleca é diferente! Volume? Essa P(*&¨% não deveria ser tudo igual? Meleca é meleca e essa merda ferrou a cor da tinta! Ok. Não vou mais me estressar. Compro outra e retoco essa .... essa cor dos infernos.

Toca o interfone. É o porteiro Zé dizendo que tinha um envelope para mim na portaria.

“Zé, por que você não colocou embaixo da porta junto com os outros?”

“É que tem uma coisa dentro e não passou embaixo da porta.”

Só faltava... o que será que é? Antraz? Carta bomba? Um pacote gordo de multas de trânsito?

E lá estava ele, dentro de um envelope, frio... distante... cruel... e junto com ele a chave do apartamento sendo devolvida. Assim... de repente...sem nenhuma explicação aceitável...sem nenhuma compaixão. Curto e grosso o bilhete dizia: “não venho mais. Aqui está sua chave. Assinado: minha (agora EX) faxineira.

Eu devo ter jogado pedra na cruz. Eu fiz canga do Santo Sudário! Só pode ser.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Onde está sua mala?


PARE DE CARREGAR A MALA DOS OUTROS!
Por Marlene Damico Lamarco


"Você acredita que carrega malas alheias? Vamos fazer um exercício?

Como você reage quando seu filho não quer fazer a lição? Ou quando alguém não consegue arrumar a própria mala para a viagem de férias, perde a hora do trabalho com frequência, gasta mais do que ganha… e muitas coisinhas mais que vão fazendo você correr em desvario para tapar buracos que não criou e evitar problemas que não afetam sua vida diretamente?

Não afetam a sua vida, mas afetam a vida de pessoas queridas, então, você sai correndo e pega todas as malas que estão jogadas pelo caminho e as coloca no lombo (lombo aqui cai muito bem, fala a verdade) e a sua mala, que é a única que você tem a obrigação de carregar, fica lá, num canto qualquer da estação.

Repetindo, a sua mala, que é a única que você tem obrigação de carregar, fica lá jogada na estação!

Temos uma jornada e um propósito aqui neste planeta e quando perdemos o foco, passamos a executar os propósitos alheios.

A estrada é longa e o caminho muitas vezes nos esgota, pois o peso da carga que nós nos atribuímos não é proporcional à nossa capacidade, à nossa resistência e o esgotamento aparece de repente.

Esse é o primeiro toque que a vida nos dá, pois, quando o investimento não é proporcional ao retorno, ou seja, quando damos muito mais do que recebemos na vida, nos relacionamentos humanos ou profissionais, é porque certamente estamos carregando pesos desnecessários e inúteis.

Quando olhamos para um novo dia como se ele fosse mais um objetivo a cumprir, chegou a hora de parar para rever o que estamos fazendo com o nosso precioso tempo. O peso e o cansaço nos tornam insensíveis à beleza da vida e acabamos racionalizando o que deveria ser sacralizado.

É o peso da mala que nos deixa assim empedernido.

Quanto ela pesa?

Quanto sofrimento carregamos inutilmente, mágoa, preocupação, controle, ansiedade, excesso de zelo, tudo o que exaure a nossa energia vital.

E o medo, o que ele faz com a gente e quanta coisa ele cria que muitas vezes só existe dentro da nossa cabeça?

Sabe que às vezes temos tanto medo de olhar para a própria vida que preferimos tomar conta da vida dos filhos, do marido, do pai, da mãe… e a nossa mala fica na estação…

O momento é esse, vamos identificar essa bagagem: ela é sua? Ótimo, então é hora de começar uma grande limpeza para jogar fora o lixo que não interessa e caminhar mais leve.

Agora, se o excesso de peso que você carrega vem de cargas alheias, chegou a hora de corajosamente devolvê-las aos interessados.

Não se intimide, tampouco fique com a consciência pesada por achar que a pessoa vai sucumbir ao fardo excessivo. Ao contrário, nesse momento você estará dando a ela a oportunidade de aprender a carregar a própria mala.

A vida assim compartilhada fica muito mais suave, pois os relacionamentos com bases mais justas e equânimes acabam se tornando mais amorosos, sem cobranças e a liberdade abre um grande espaço para a cumplicidade e o afeto.

Onde está a sua mala?"

E a você acabou de ler esse texto maravilhoso eu desejo uma ótima viagem pela vida e que sua mala esteja mais leve a cada dia!

sábado, 26 de novembro de 2011

Trair e coçar....



“Conversa de salão” (de beleza, claro) era o nome do programa de TV e o assunto sendo euforicamente discutido era: quem trai mais? O feio ou o bonito? Lógico que eu parei de zapear no instante em que ouvi aquilo e fiquei escutando as mais variadas opiniões da mulherada, que literalmente se descabelava falando do assunto.

Algumas diziam que era obvio que o bonito traia mais! Sim, porque a beleza facilitava tudo! O bonito quando adentra qualquer recinto imediatamente chama a atenção pela sua beleza, sem precisar fazer o menor esforço. O bonito é muito mais visto, e mais notado, mais assediado. Então, claro, com a vida fácil assim, estava na cara que os bonitões são os que mais galhos distribuem por aí.

Mas tinha também a turma que era a favor de que os feiosos são os que mais largam chapéu de toro vida afora. E a explicação era bem simples: o “feiutcho” precisa chamar a atenção de alguma forma quando chega. E o que é que os filhotes de cruz credo fazem? São simpáticos, estão sempre contando piadas, são prestativos, galanteadores, a postos para agradar, são brincalhões, e dão um duro danado para se fazerem notar. Com isso, ganham no papo e as oportunidades acabam pipocando no colo dos feiosos.

Só que no meio das descabeladas havia uma “conformada” de plantão que resolveu dissertar sobre outro tipo que, segundo ela, é mais traíra. De acordo com a moça, o marido dela era o cão chupando manga e não sabia contar uma piada se quer; porém, era o maior pé de valsa! E como o cara dançava muito chamava a atenção da mulherada, e se ela desse mole: batata! Ou melhor, galho!

Sabe de uma coisa? Feio, bonita, feia, bonito, dançarino, comediante, gostosona, bofe magia, não importa! Não importa o sexo, nem a opção sexual. Não importa o tipo físico, nem o padrão de beleza. Não importa o grau de simpatia e nem o dom natural para fazer stand-up comedy.

Trair é uma questão de escolha, de opção. As oportunidades sempre irão surgir para qualquer um de nós, feios ou bonitos. A escolha é que te incluirá na estatística! A opção de trair ou não diante de uma situação propícia para isso é única e exclusivamente sua! E por isso, também acho que não cabem desculpas do tipo “mas eu sou homem”, “foi só sexo”, “eu tentei resistir”, “estava lá, mas pensava em você o tempo todo”, “eu me arrependi”, entre tantas, e ainda tem aquela famosa: “eu não queria ter feito isso”! Essa é podre! Queria sim porque escolheu fazer!

E já que cada um deve ser responsável pelas suas escolhas e pelas conseqüências dessas escolhas, só resta saber se você vai conseguir lidar com elas!

E qual a escolha certa? Cada cabeça, uma sentença!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

É, Jeremias, melhor beber água!!


"A HORA CORRETA PARA TOMAR ÁGUA


Você vai ao bar e bebe uma cerveja.
Bebe a segunda cerveja. A terceira e assim por diante.
O teu estomago manda uma mensagem pro teu cérebro dizendo "Caracas véio... o cara tá bebendo muito liquido, tô cheião!!!"

Teu estômago e teu cérebro não distinguem que tipo de liquido está sendo ingerido, ele sabe apenas que "é líquido".

Quando o cérebro recebe essa mensagem ele diz: "Caracas, o cara tá maluco!!!"

E manda a seguinte mensagem para os Rins "Meu, filtra o máximo de sangue que tu puderes, o cara aí tá maluco e tá bebendo muito líquido, vamo botar isso tudo pra fora" e o RIM começa a fazer até hora-extra e filtra muito sangue e enche rápido.

Daí vem a primeira corrida ao banheiro. Se você notar, esse 1º xixi é com a cor normal, meio amarelado, porque além de água, vem as impurezas do sangue.

O RIM aliviou a vida do estômago, mas você continua bebendo e o estomago manda outra mensagem pro CÉREBRO "Cara, ele não pára, socorro!!!" e o CÉREBRO manda outra mensagem pro RIM "Véio, estica a baladeira, manda ver aí na filtragem!!!"

O RIM filtra feito um louco, só q agora, o que ele expulsa não é o álcool, ele manda pra bexiga apenas ÁGUA (o líquido precioso do corpo). Por isso que as mijadas seguintes são transparentes, porque é água. E quanto mais você continua bebendo, mas o organismo joga água pra fora e o teor de álcool no organismo aumenta e você fica mais "bunitim".

Chega uma hora q você tá com o teor alcoólico tão alto q teu CÉREBRO desliga você. Essa é a hora que você desmaia... dorme... capota...

Ele faz isso porque pensa "Meu, o cara tá a fim de se matar, tá bebendo veneno pro corpo, vou apagar esse doido pra ver se assim ele pára de beber e a gente tenta expulsar esse álcool do corpo dele"

Enquanto você está lá, apagado (sem dono), o CÉREBRO dá a seguinte ordem pro sangue "Bicho, apaguei o cara, agora a gente tem que tirar esse veneno do corpo dele. O plano é o seguinte, como a gente está com o nível de água muito baixo, passa em todos os órgãos e tira a água deles e assim a gente consegue jogar esse veneno fora".

O SANGUE é como se fosse o Boy do corpo. E como um bom Boy, ele obedece as ordens direitinho e por isso começa a retirar água de todos os órgãos. Como o CÉREBRO é constituído de 75% de água, ele é o q mais sofre com essa "ordem" e daí vêm as terríveis dores de cabeça da ressaca.

Então, sei q na hora a gente nem pensa nisso, mas quando forem beber, bebam de meia em meia hora um copo d'água, porque na medida que você mija, já repõe a água.

Texto retirado de "O bar do Zé".


Sabia que...

... tomar água na hora correta maximiza os cuidados no corpo humano?

2 copos de água depois de acordar ajuda a ativar os órgãos internos.

1 copo de água 30 minutos antes de comer ajuda na digestão.

1 copo de água antes de tomar banho ajuda a baixar a pressão sanguínea.

1 copo de água antes de ir dormir evita ataques do coração.

Compartilhe este link com as pessoas que você estima... e com as que não estima também!

DR. CELIO DE MORAES MARQUES




segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dúvidas cruéis...




Feriadão..... eu estou cansada...no inspiration at all.... então, vou deixá-los pensando.....


"Tenho uma dúvida jurídica:

Segundo a Procuradoria Geral....
Se para a igreja a pílula que a mulher toma no “dia seguinte” após haver mantido relações sexuais já é considerado um aborto.

Então, me surgem algumas dúvidas desde o ponto de vista jurídico:

* Masturbar-se é homicídio prematuro ou premeditado?

*O sexo oral? ... Seria canibalismo?

*Podemos considerar o coito interrompido como abandono de menor?

*E o que dizer de preservativo? ... Seria homicídio por asfixia mecânica?

*E o sexo anal..? É mandar seu futuro filho a merda?

Agradecimentos a quem se dispor a esclarecê-las!"

                                            Apenas uma piadinha inocente e nada peluda!


domingo, 6 de novembro de 2011

" O amor não é só cego! "






“O amor? O amor não é só cego não! Ele não faz uso de nenhum dos sentidos!”

 
Ao final de um dia exaustivo de trabalho, quando nada parecia capaz de desviar meu pensamento que naquela hora se resumia em banho e cama, escuto uma moça dizendo para a colega no elevador: “o amor? O amor não é só cego não! Ele não faz uso de nenhum dos sentidos”!

E foi o suficiente para que eu começasse a pensar: quando é que o amor não faz uso de nenhum dos sentidos? Vejamos alguns exemplos:

O amor é cego quando o bofe parece que está do avesso, mas mesmo assim você o acha lindo!

O amor é surdo quando a criatura fala “pobrema” e você acha que o analfabeto tem um jeitinho “fofo” de falar.

O amor é mudo quando ele pergunta se tem algum problema e você, morrendo de vontade de dizer poucas e boas, apenas balança a cabeça de forma negativa.

O amor não usa olfato quando o sujeito chega com aquele odor de queijo gorgonzola misturado com cebola, depois da “pelada” com os amigos, e você não se importa porque é o “cheiro másculo” dele.

O amor não faz uso do tato quando....bem.....se ele não fizer uso do tato.....chame o Batman!

sábado, 29 de outubro de 2011

“Sabe qual é o seu problema?”


Eu quero morrer de catapora roxa quando alguém me responde qualquer colocação que eu faça com essa máxima: “sabe qual é o seu problema?”

“Não, não sei. Diga você! Qual é? E já que você é profissional e está disposto a me analisar de graça, aproveita e faz o serviço completo: dê também a solução para o que você acredita ser o meu problema!”

Fala sério? A vontade é de dar uma resposta assim, invertida, atravessada! Mania feia essa que muita gente tem de achar que conhece mais de você e dos seus problemas do que você mesmo. Tudo bem que quem está de fora enxerga melhor o contexto, o problema. Mas, daí a já mandar essa droga de frase na lata, como se a gente não tivesse a menor idéia do que está acontecendo em nossa vida, já é demais.

Tremenda falta de sensibilidade. Bom seria se alguém viesse até você com o diagnóstico correto e tirasse a solução da manga!

Pronto! Falei e desabafei!

E hoje é isso. Se não for isso, é mais ou menos isso.

domingo, 23 de outubro de 2011

Cagada de pombo, de arara....



Eu cresci ouvindo minha mãe (mineiríssima) usar esta expressão vez ou outra quando algo saía errado para ela ou para alguém próximo a ela. Tipo: “sou cagada de arara mesmo”, ou “nossa, mas você está cagada de arara, hein”!

Eu sempre entendi que ela falava (ou melhor, fala) sobre a falta de sorte ou má sorte, como queiram, mas nunca de fato vi nada de tão ruim em uma arara inofensiva lançar suas fezes sobre a cabeça de alguém. Lava a juba e pronto! Não é motivo para achar que se trata de má sorte, muito menos relacionar algo aparentemente tão bobo com um infortúnio verdadeiro.

Claro, isso até o dia em que estava na varanda de uma pousada em Ilhéus, jogando buraco com uma amiga da faculdade, já tarde da noite, quando no meio do carteado e do bate-papo uma lagartixa nojenta resolve utilizar sua mira a laser e lançar seu lixo intestinal sobre o ombro DA AMIGA, graças a Deus! Naquele momento, além de dar muita risada, percebi que eu havia tido um golpe de sorte! Fora o ombro dela o escolhido para receber o jato nojento e não o meu! Isso é que é sorte!

Mas, uma semana como essa que acabou me faz pensar que às vezes as araras, os pombos, as lagartixas tiram mesmo um tempo para me sabotar geral! Comecei a semana levando tinta do portão do salão de cabeleireiro no meu veículo. Chovia pacas e eu tentava dar ré e falar ao telefone ao mesmo tempo. Para logo em seguida chegar em casa e descobrir que a assistente da dita cuja deixou mais tinta no meu cabelo do que no estoque inteiro do estabelecimento. Ok, vamos respirar fundo. A semana continua e eu comprovo, mais uma vez, que tenho o dedo podre para homem. Não satisfeita, a dona arara dá um jeito de a Receita Federal melar outra vez meu pedido de licença de importação. E assim transcorreu a semana. “Cagada” em cima de cagada!

Mas aí eu passo um fim de semana tranqüilo, junto à família, com aqueles que realmente me amam incondicionalmente, preparo uma pasta que é um sucesso, paparico a sobrinha fofinha, o pai, a mãe, tomo uma cervejinha com os irmãos, e percebo que uma “cagada” do que quer que seja não me impede de dar valor aos bons momentos da vida! E eles são muitos e certamente muito mais do que qualquer pombo pode “sujar”!

domingo, 9 de outubro de 2011

Essas mulheres.....



Estava aqui pensando no tema do post de hoje, e me lembrei que outro dia liguei a televisão e passava uma espécie de filme/documentário brasileiro que abordava a relação da mulher com o sexo em diferentes níveis da sociedade. O mais engraçado é que o tal filme/documentário conseguia tratar do assunto indo do drama à comédia em questão de segundos. Os momentos de “epifania” aconteciam quando rolavam as entrevistas com mulheres da vida real (é aí que o filme mostrava ares de documentário). Era incrível a propriedade com que davam suas respostas.

Elas afirmavam coisas como o homem é como um “botãozinho”: você aperta, ele sobe, funciona e goza. A mulher é um painel de controle e o homem, muitas vezes, não está interessado, tem pressa ou é egoísta demais para parar e conhecer todos os “botõezinhos” que ele tem que apertar. E emendavam com coisas do tipo: “sem contar que ele que não tem a menor idéia do que fazer com a língua, com a boca: coloca força e vai friccionando como se estivesse chupando outro homem! Um absurdo! Tem que fazer como se estivesse beijando! E na hora que ele acha o ponto certo não pode mudar de jeito nenhum! Se não aí ferrou, tem que começar tudo de novo!”

E depois de falar sobre a falta de habilidade do homem em utilizar a língua, uma das entrevistadas, dona de um sex shop, completa: “ah o campeão de vendas é o rabbit: o dia que um homem fizer o que ele faz o mundo acaba!” kkkkkk imagina a velocidade do bicho!

Também reclamavam sobre o fato de ser vedado à mulher o direito de discutir a relação após uma “trepada bem dada”, e que era um absurdo o homem não entender isso! Para tudo! Aí já achei demais, porque se foi mesmo bem dada, quem é que tem fôlego para imediatamente engatar uma conversa que acaba virando uma discussão? Eu até tenho, mas é para engatar outra bem dada! Fala sério. Mulher também escolha cada momento para DR que pelo amor!

E ainda tem mulher que vive o dilema de dar ou não no primeiro encontro. Tem mulher que acha que se der, fica muito fácil e depois o cara não vai mais procurá-la. Tem a que acha que se não der, o cara desiste porque acha que a mulher está se fazendo de difícil, e some. Acontece que os homens estão sumindo de um jeito ou de outro. “E agora, José?” Dá logo e pronto.

Também falaram sobre renúncia sexual feminina. Isso acontece? Tem mulher que não gosta de sexo, não dá tanta importância quanto os homens e passam muito bem sem. Mas, eu não sou sexóloga e NÃO renunciei ao meu “mandato”! Então, me abstenho DE COMENTAR o tema, só isso! (Melhor deixar claro!)

E depois de muito bla bla bla, muito discurso feminista envolvendo questões sexuais, meu amigo Dé que assistia ao filme/documentário junto comigo (porque eu liguei para ele e fiz o cara mudar de canal, afinal eu precisava de uma opinião masculina sobre todos aqueles relatos), resumiu muito bem tudo.

“A mulher pode até agir como homem, vivendo toda essa diversidade, levando um homem diferente para a cama todo dia, mas ela sempre irá acordar no dia seguinte e terá a esperança de que aquele homem vai ligar! Ou seja, ela nunca irá pensar como homem.”

E quer saber? Graças a Deus eu nunca vou pensar como um homem!

Agora, Dé, preciso te dizer: levar um homem diferente para a cama a cada dia, com tantos da sua espécie saindo de dentro do Marabrás, definitivamente não seria possível!

domingo, 2 de outubro de 2011

Cuidar dos pés, cuidar de mim...




"Insistir naquilo que já não existe é como calçar um sapato que não te cabe mais... Machuca, causa bolhas, chega a carne viva e sangra. Então é melhor ficar descalço ! Deixar livre o coração, enquanto vive. Deixar livre os pés, enquanto cresce. Porque quando a gente cresce, o número muda! Às vezes você tem que esquecer o que você QUER pra começar a entender o que você MERECE"...

Autoria desconhecida

As teorias todas que leio aqui e ali, que escuto das amigas, dos profissionais da área de comportamento, etc. são verdades incontestáveis. Do meu ponto de vista, claro. O problema é trabalhar o consciente, o subconsciente, o ego, o bendito ego! Difícil é exercitar isso continuamente. Difícil é colocar tudo em prática. Ok. Não sou perfeita. Ninguém é perfeito. Então não vou me cobrar tanto. O negócio é dar um passo de cada vez, pouco a pouco. Auto-sabotei? Retomo. Errei? Começo de novo. O mais importante era identificar a necessidade de dar um basta e isso eu acabo de fazer! Entender que o sapato pode até ser lindo, mas não é meu número, e que o melhor a fazer é livrar meus pés do incômodo para que eles possam caminhar em outra direção. Certa ou errada. Não sei. Não importa. Mudar o caminho às vezes é necessário. Pode não ser o mais curto e pode ser que eu tenha que caminhar um pouco mais, que não encontre um atalho. O importante é seguir e continuar experimentando outros sapatos. Um dia o pé deixa de crescer e o sapato vai calçá-lo confortavelmente! Talvez não seja um Jimmy Choo ou um Christian Louboutin, mas com certeza será “o” sapato! E se não aparecer eu vou continuar caminhando assim mesmo. Pés descalços, porém, sem machucá-los!

“Esquecer o que você quer, para entender o que você MERECE...”

Esse vai ser o meu mantra da semana!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mais um ótimo texto ....

... da série "não dava para não postar" !!



Vozinha

QUANDO VEJO um destes sujeitos que tentam disfarçar a careca esticando ralas melenas por cima do cocuruto, de orelha a orelha, me ponho a pensar: será que o infeliz não percebe o fracasso da gambiarra? Não se dá conta de que a lustrosa calva está tão escondida quanto o sol atrás de uma peneira?

Não, ele não percebe, pois o "comb-over", como os americanos chamam esse equívoco estético (ou "sobrepenteado", numa descabelada tradução), não é o tipo de mau passo que se dá da noite pro dia, mas o resultado de um lento processo; e se é verdade que devagar se vai ao longe, também é certo que a evolução gradual dificulta a compreensão de que se foi longe demais. Numa bela tarde, no fim da adolescência, o indivíduo faz um meneio com a cabeça, jogando a franja por cima de uma entrada incipiente -nem desconfia que, duas décadas mais tarde, estará andando por aí com uma espécie de persiana colada à cachola.

Solidarizei-me com a turma do puxadinho capilar ao ser acusado, semana passada, de ser praticante de uma outra modalidade de cega degenerescência, tão comum quanto o "comb-over" e, talvez, ainda mais nefasta. Estava num táxi, ao lado do Paulão, colega de trabalho, falando ao celular com minha mulher. Assim que desliguei, Paulão soltou, com indisfarçável sarcasmo: "Nossa, Antonio, nunca imaginei que você fizesse 'vozinha'". Meu mundo ruiu.

Até então, tinha cá para mim que o tom utilizado para falar com meu amor era absolutamente republicano. Simpático, sim, doce, claro, mas jamais, jamais, jamais descambando para algo que pudesse ser enquadrado como "vozinha" -aquele timbre meloso e infantil que alguns casais adotam, como se falassem com ursos de pelúcia.

Arrogante, cria-me imune a tal comportamento, coisa de gente que grita apelidos íntimos na seção de laticínios do supermercado, que se chama de "pai" e "mãe" -e nem sempre na presença dos filhos-, que espreme cravos em logradouros públicos. Ao que parece, contudo, a "vozinha" é como o "comb-over", lenta e insidiosa: você pode estar usando e não sabe. Numa bela noite, no começo da relação, o indivíduo diz um sóbrio "eu te amo", ao despedir-se da namorada -nem desconfia que, duas décadas mais tarde, estará no elevador da firma, falando em alto e bom som: "Titchucão num qué disligá! Diliga voxê, Titchuquinha!".

Defendi-me atacando. Como meu colega podia fazer tamanha acusação sem provas cabais?! Com um sorriso no rosto, Paulão apresentou as evidências: disse que eu havia atendido o celular falando "Oi, Coisica linda!" e, por seis vezes, teria usado o apelido "Pequenina". Então, dando a estocada final, perguntou: "E ela? Te chama de quê?". Fiz uso do direito constitucional de não apresentar informações que possam ser usadas contra mim e permaneci calado.

Ontem, tive uma conversa séria com minha mulher. Temos que parar com isso. Ela, contudo, jura que nosso tom não configura uma situação de "vozinha" e que há um enorme fosso entre o carinhoso e o debiloide. Não sei, não. Também os carecas, diante do espelho, todas as manhãs, devem repetir mantras de autoengano, enquanto puxam as costeletas para o alto e as encharcam de laquê. É ou não é, Tichuquinha linda do Titchucão?


Antonio Prata para a Folha de São Paulo


domingo, 11 de setembro de 2011

"Solidão Contente"


Mais um da série "não dava para não postar" !!

Solidão Contente

O que as pessoas fazem quando estão consigo mesmas
*por Ivan Martins

Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre solidão feminina com alguma incompreensão.
Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.
Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente e mora sozinha.
Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar consigo mesmas.
- Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa, disse a prima. Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas.
Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.
Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.
Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.
A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.
A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói. Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?
A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho.
Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.
Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.
Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.
Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos.

Repasse para suas amigas, especialmente para as que não sabem fazer sua "solidão contente!" e para seus amigos entenderem e valorizarem a riqueza interior de certas mulheres comparada aos homens.

*Ivan Martins é editor-executivo de ÉPOCA

domingo, 4 de setembro de 2011

Infidelidade comprada



E fiquei sabendo que existe um site “X” (que eu me recuso a divulgar o nome) que presta o seguinte serviço: promove encontros de pessoas casadas cuja vida sexual não está mais aquela maravilha. Aí, a pessoa que quer sexo fora do casamento, sem riscos e com total discrição, cadastra-se neste site e certamente vai acabar resolvendo seu problema sem ter que terminar o casamento.

De acordo com a vice-presidente do tal site no Brasil, a média de idade entre as pessoas que procuram o serviço está entre 33 e 40 anos. Fase em que o casal geralmente já teve o primeiro filho, mas acham muito cedo para uma separação, até porque rola uma pressão social, entre outros motivos.

Ainda segundo a tal moça, o site até recomenda que as pessoas não se envolvam porque o propósito do site é promover a traição justamente para que o casamento não precise ser desfeito. Agora vejam que alma boa. Que desprendimento. Estou quase certa de que eles não ganham dinheiro com esse site. Isso é um serviço de utilidade pública, gente!

Opa! Não é bem assim! O serviço é pago! É a infidelidade comprada!

Sinceramente não sei o que pensar. Eu acho que se não está bom para uma das partes, não está bom para os dois e o melhor seria colocar um fim no relacionamento. Mas, também não sei se condeno totalmente. Tenho escutado cada história envolvendo sexo, ou melhor, a falta dele em um relacionamento (assunto para outro post), que fico me perguntando por que as pessoas se casam? Certamente não só por amor e sexo, e acredito que os motivos, em alguns casos, vão muito além de sentimentos. Sei lá. Só sei que fiquei um pouco chocada, decepcionada e porque não dizer triste. Mas, quer saber? Isto não é novidade. O que aconteceu foi que algum esperto resolveu ganhar dinheiro em cima de encontros clandestinos promovidos na net. Será que sou romântica demais? Por que ainda me choco com essas coisas?



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Adeus ano velho, feliz ano novo!!!!!



E hoje, dia do meu aniversário, quero compartilhar com vocês uma homenagem recebida do meu amigo Milton:

"Achei este poema de Drummond apropriado para homenageá-la em seu aniversário.
Ele o fez para o Ano Novo, mas como eu considero Ano Novo o dia em que mudamos nosso número indicativo de experiência adquirida, acredito que irei surpreendê-la.
Desejo a você um FELIZ ANIVERSÁRIO,
Milton,

Receita de Ano Novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor de arco-íris,
ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo,
que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto da esperança
a partir de julho as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, minha cara, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo,
eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. "

Carlos Drumond de Andrade...


FELIZ ANO NOVO PARA MIM!!!!!!!

Beijos pessoas!!! Obrigada, Milton ! 


domingo, 28 de agosto de 2011

Você também "curtiu"?



Então, a galera anda curtindo de montão! E curtindo tudo, literalmente! Não importa o que seja o negócio é curtir!
Depois que algumas redes sociais disponibilizaram um ícone ao final de cada reportagem, cada notícia que aparece em qualquer site da internet, todo mundo anda curtindo tudo! Estou impressionada! Devem estar todos numa felicidade só!

É mais ou menos assim:

“cantora é encontrada morta em sua casa...” 2.345.708 pessoas curtiram

“o índice real da inflação de julho está longe de ser o que foi divulgado pelo governo bla bla bla” 103.456.587 pessoas curtiram

“dois homens são encontrados mortos, a facadas, em apartamento...” 3.456.890 pessoas curtiram

“ator famoso é diagnosticado com doença grave” 908.456.767 pessoas curtiram

“desaba camarote durante show de cantora de axé e umas tantas pessoas ficam feridas...” 8.980.879.900 pessoas curtiram

E não satisfeitas em “curtir” tais notícias, elas também compartilham, “tuitam”, enviam por e-mail, e rápido e rasteiro. Afinal, notícia ruim chegava logo. No tempo na minha avó. Agora quando você pensa que ela vai chegar.... já foi faz tempo!

Espera aí: a única incomodada sou eu ou está mesmo faltando um pouco de bom senso nas pessoas? Se for apenas para rastrear quem lê o quê, e em quais redes sociais participa, por que não criam uns ícones tipo “choquei”, “to nude”, “tá amarrado”, “cruz credo”, “Deus me livre”, “danou-se”, “sai de mim”, “já vai tarde”, “o dó”, “PQP” e etc? Opções não faltarão.

Ok, cada um é livre para “curtir” o que quiser! Entendi. Também não precisa fazer essa cara. Democracia, liberdade de expressão, século 21.... entendi.

Entendi, mas não curti.

sábado, 20 de agosto de 2011

Vaca feliz???



Vaca feliz....ou ser humano em conflito?

Outro dia ouvi uma pessoa ser questionada por outra em um programa de T.V.: “o que você prefere: ser uma vaca feliz ou um ser humano em conflito?”

Eu respondi na hora lá para os meus botões: “obviamente um ser humano em conflito!”

Afinal, estar em constante conflito não é um privilégio só meu. Além do que, as vacas são vegetarianas, não saboreiam uma boa picanha (de vez em quando, né, porque aquela gordura é dose!), não dançam, não malham, não beijam na boca, não podem colocar silicone, toxina botulínica nem pensar, e por aí vai. Faço um montão de coisas que amo fazer e que não são privilégios da dona vaca feliz. Se bem que vaca não sofre de TPM. Ou será que sim? Enfim, só perguntando para o boi!

Deixando os hábitos vaca x ser humano de lado, a questão é: por que estou, ou deveria dizer estamos, a maior parte do tempo em conflito? Quantos desses conflitos foram gerados por nós mesmos? Até que ponto nós não estamos “pegando emprestado”, como muito bem dito por um amigo, conflitos de terceiros e amargando como se fossem nossos? Quais dos nossos conflitos são de responsabilidade nossa de fato?

Hoje estou me propondo avaliar e reavaliar qualquer conflito que possa estar permeando a minha cabeça, acelerando os meus batimentos, tirando o meu sono ou fazendo com que eu perca meu equilíbrio. O que não for meu eu devolverei ao dono. Conflito velho, cheirando a mofo e naftalina, esse vai direto para o triturador de lixo. Nada mais de ficar elucubrando, matutando, escafunchando em problemas muitas vezes inexistentes, emprestados ou super valorizados que não dependem única e exclusivamente de mim para que tenham uma solução!

Hoje vou me permitir sentir-me tão “leve” quanto uma vaca feliz!

domingo, 14 de agosto de 2011

"Fiz isso por amor"



Conta-se que certa vez um homem fez a seguinte pergunta para a Irmã Dulce:
“Nossa, como você consegue dar banho neste leproso? Eu não faria isso nem por um milhão de dólares!”.
Ao que ela respondeu:
“Nem eu. Eu faço por amor.”

Se isso for mesmo verdade, a cavalgadura podia ter dormido sem essa! Isso lá era pergunta para fazer para Irmã Dulce? Mas, não vou falar sobre irmã Dulce porque é completamente desnecessário! Essa mulher dispensa os comentários de uma pobre mortal como eu.
O que eu quero é falar sobre “fazer por amor”. A questão é muito simples: falar é fácil. A teoria é linda. Utilizar esse argumento na hora da raiva, no meio de uma discussão ou para justificar um comportamento, um atitude, uma falha, o que quer que seja, é muito fácil. Mas, até que ponto nós fazemos algo por amor sem pensar em receber algo em troca? Até que ponto nós praticamos o tão falado amor incondicional?
Por exemplo, praticar o bem, fazer uma boa ação e depois postar lá na sua página da rede social invalida o ato. Fazer cortesia com o chapéu alheio também não conta. Quantas vezes você já disse a frase “eu fiz isso por amor” ou “eu faço por amor”? E quantas vezes você já ouviu essa frase de alguém? Mãe que repete isso o tempo todo para o filho e vice-versa. São inúmeras as situações. Só que mãe, pai, filhos, amigos (verdadeiros), a gente dá um belo desconto, releva, perdoa, nem processa, não é?

Agora jogar isso na cara do outro quando estamos naquele momento “lavanderia” da discussão automaticamente invalida o ato de amor incondicional! Nessa hora não tem perdão! Não há reza nem santo que te salve! E nesse momento, uma simples frase que parecia ser a sua salvação, que te colocaria no posto de “metade boa” da laranja que vocês dois formavam (metade de laranja é podre, não gosto da expressão, só que não veio outra), acaba por te colocar na categoria dos egoístas, dos desesperados, dos loucos passionais! É nessa hora que a onça bebe água, o caldo engrossa, e que a porca torce o rabo, a cobra fuma, o bicho pega e danou-se foi tudo!
Tudo que se fez foi “por amor”, sem “nunca pedir nada em troca”, mas “quem ama não faz isso”, ou aquilo. Quem ama não cobra. Será? Tem uns que cobram e ainda ficam com o troco. Mas... nesse caso... Talvez não seja amor...







sábado, 6 de agosto de 2011

Cara de palhaço, pinta de palhaço...



Se ele vive repetindo que não é criança, se comporta como uma criança e tem a mentalidade de uma criança, as chances de ele ser um moleque são enormes! Cai fora!

Se ele fala como um babaca, se comporta como um babaca e tem a mentalidade de um babaca, ele provavelmente é um babaca. Cai fora!

Se ele fala como um “galinha”, se comporta com um galinha e tem a mentalidade de um galinha, ele provavelmente é um galinha. Cai fora!

Se ele fala como um palhaço, se comporta como um palhaço e tem a cabeça de um palhaço, ele provavelmente é um palhaço. Só não vive disso. Cai fora!

Se ele tropeça como um bêbado, se comporta como um bêbado e não consegue dizer coisa com coisa, ele provavelmente precisa é dos Alcoólicos Anônimos e não de uma namorada. Cai fora!

Se ele fala como rico, se comporta como rico e até gasta como rico, mas deve para Deus e todo mundo, ele provavelmente é burro, além de duro. Cai fora!

Se ele não sabe o que fazer com mãos, se ele não beija bem, não sabe o que fazer com a língua, se ele não tem pegada, ele provavelmente é ruim de cama. Cai fora!

Se ele nunca aparece, nunca atende suas ligações, nunca retorna seus recados e nunca responde suas mensagens, ele provavelmente não está a fim de você. Cai fora!

Se ele possui duas ou mais características acima: corte os pulsos! Dele! Não os seus!

Se ele é bonito, gostoso, inteligente, educado, culto, maduro, bem resolvido, tem bom gosto, tem a vida profissional que queria, beija bem, tem pegada e é bom de cama: ele provavelmente é fruto da sua imaginação!

domingo, 31 de julho de 2011

Feliz aniversário !!!!




Há um ano eu postava pela primeira vez no "bloguitcho" nosso de cada dia! Sim! Um ano! Passou voando! Muita coisa aconteceu em um ano. Coisas ruins e coisas boas. Mas principalmente boas. Eu me livrei do que não me servia mais. Fiz novas amizades. Reencontrei velhos amigos. Descobri que o amigo Batman é de fato meu herói. Conquistei um trabalho novo que eu adoro. Conheci a Espanha, ou melhor, uma pequena parte dela, que era algo que eu queria muito. Testemunhei o aumento da família. Pessoas queridas adoeceram. Ninguém partiu. Fiquei de pilequinho. Mais de uma vez. Preocupei-me demais. Perdi peso. Achei-me feia. Dancei. Corri. Chorei. Gozei. Sorri. Amei. E continuo amando.

E hoje, um ano, 72 amigos seguidores, 101 postagens e quase 70.000 visualizações de páginas depois, eu só queria agradecer a vocês. A você que segue e a você que lê uma vez por semana, a você que lê ao menos duas vezes por trimestre e a você que lia sempre, mas que agora está sem tempo, o que sabemos que é temporário. A você que está em outro país. A você que não lê todos os dias porque, claro, eu só escrevo uma vez por semana, e como você mesmo disse nem eu leio meu blog todos os dias! E a você que colabora, anonimamente, com o blog. A você que comenta. A você não comenta e guarda sua opinião para você. A você que acha que o blog é “sem comentários”!

Aqui eu desabafo, me divirto, aprendo... Vivo! E tenham certeza de que este blog é feito com o amor e a intensidade com que eu faço tudo na minha vida! Porque eu sou assim: 80! Nunca 8!

Valeu corações peludos de plantão! E que venha mais um ano! Mais e mais amigos! Porque em coração peludo também sempre cabe mais um! :)

Agradecimento especial as queridas amigas da Egrégora! Love you, girls!!!


segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Impassível diante do dragão."


Como todo mundo, ou a infinita maioria, me levanto todos os dias pela manhã sabendo que vou ter que “matar” mais alguns leões. Se eu quiser chegar a algum lugar tenho que tomar o volante do carro e dirigir até meu destino. Se quiser ver meu trabalho feito e bem feito, arregaço as mangas e executo minhas tarefas. Se quiser ver minhas contas pagas, trabalho de oito a dez horas por dia. Se quiser me olhar no espelho e esboçar um mínimo de satisfação ao ver-me refletida nele, tem que sobrar tempo para a academia, para os cremes, para uma alimentação de qualidade e um mínimo de seis horas de sono. E tem família. E amigos. E uma série de problemas e preocupações que assim como todo mundo, se não for questão de saúde, eu tiro de letra. É selva de pedra, é cobra engolindo cobra, e vamos que vamos!

O problema é o inimigo íntimo. Dizem que o pior inimigo que você pode ter é você mesmo. E hoje estou admitindo aqui na blogosfera para quem quiser saber, que tenho plena consciência de que sou sim, EU, a maior inimiga de mim mesma. Na categoria de inimigos (as), não poderia haver enfretamento pior do que este. As batalhas do dia-a-dia viram nada. Os inimigos do cotidiano não oferecem perigo nenhum perto do dano que eu posso causar a mim mesma.

Acho que foi aquele chinês quem disse que se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas, ou algo parecido. Dizem ainda que devemos manter o inimigo próximo de nós, mais próximo até do que o amigo. E quando o inimigo é você mesmo? Faz-se o que? Mais próximo que isso impossível. Eu me conheço, o problema maior não é esse. O problema é me frear! É levantar a muralha ou contra-atacar antes que eu me golpeie pelas costas! Às vezes dá tempo. Outras vezes eu sou mais rápida.

Como hoje que acabo de me dar conta de que, outra vez, levei outro golpe certeiro! Corte lento e profundo. É bom. Demora em curar a ferida, deixa uma cicatriz enorme e serve de alerta. Como se me dissesse: “cuidado, o próximo golpe pode ser letal”!

E eu fiquei assim, impassível diante do dragão. Impassível diante de mim.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Acordou com a macaca ???



(Relato de autoria desconhecida.)
¨Diário de uma perereca depilada

"Tenta sim. Vai ficar lindo."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve, mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer porque elas, ao menos, me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.
- Amanhã, às.... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba,vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente, ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?
- É... é, isso.

Penélope, então, deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco, senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia p-o-r-r-a nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Ar-re-ga-nha-da, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o SAMU.Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo super natural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia me esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.Todas recomendam a todas porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não..
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia!
Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação. Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pen-te-lhi-nho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me tele transporta". Só voltei à terra quando entre uns blá-blá-blás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram uns pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, to sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci a Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o "olho que nada vê". Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, pei-dar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o c-u de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil c-us por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: espera aí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bun-da tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha mais pra contar a história. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xin-ga-men-tos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Por-ra.. Por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa me-rda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao c-u. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança.

Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada e matar o primeiro homem que ver e não comentar absolutamente nada.!!! Não fiz nada disso... Um mês depois...

- Normal ou cavada?

Coisas de perereca, vai entender..."