segunda-feira, 30 de agosto de 2010

“ Viver, e não ter a vergonha de ser feliz..”

Sim. A trilha sonora já mudou. Vejam que para quem estava com a música de Kid Abelha na cabeça, aquela das entradas no rosto e dos cabelos brancos, o negócio agora é não ter vergonha de viver, cantar e ser feliz!

Mais um ano de vida amanhã. E daí? Mais velha? Nananinanão! Quem disse que a minha idade é aquela do RG? Eu tenho a idade que eu quiser ter! E ultimamente, vou confessar que estou ansiosa para completar 20 aninhos! kkkk Ah, você está cansada deste papo de “a idade está na sua cabeça”? Pro diabo que te carregue com este papo de “tô ficando velha”! Qual é a primeira coisa que a gente diz quando fica sabendo da morte de uma pessoa jovem? “Pobre da fulana, morreu tão moça!” Tá vendo? Já está errado aí! Morrer moça hoje em dia, veja bem, só se Moça for o nome de batismo da difunta, e olhe lá! E segundo: qual é a sua? Não quer uma morte prematura, tampouco envelhecer? Vá ser insatisfeita assim lá na faixa de Gaza, minha cumadre!

Mais velha sim! Graças a Deus! Que venham muitos anos mais! E que eu possa viver cada dia de cada um deles, como se fosse o primeiro! Não o último, mas o primeiro dia da minha vida! Cheio de saúde, de sonhos, de expectativas, de descobertas, de alegrias, de muito riso e de muito amor incondicional!

É o que eu desejo para mim ......e para VOCÊ! Feliz todos os dias de nossas vidas!

sábado, 28 de agosto de 2010

Agosto!

E como dizia Paula Toller:
"as entradas do meu rosto
e os meus cabelos brancos
aparecem a cada ano
no final do mês de agosto..."

@#$%¨&**(sensurado)

O amigo endocrinologista

Por fim, na última sexta-feira, resolvi enfrentar o meu endocrinologista após a minha triste constatação: engordei quase 3 quilos em 10 dias de férias!
Meus encontros com ele acabam sempre na mesma discussão: como eu não posso ser considerada uma pessoa obesa, ele sempre me questiona por que me preocupo tanto com meu peso e me acho gorda, e é muito provável que até pense que perde o tempo dele comigo!
É sempre a mesma estória: “eu queria que todas as pessoas que se acham gordas fossem como você”, “ao invés de tomar remédios, você deveria praticar alguma atividade física”, “pare de reclamar!”, blá, blá, blá.
Desta vez não foi diferente: enquanto eu tentava explicar a ele que qualquer quilo a mais se aloja diretamente no meu abdome e no meu rosto, e que eu fico com a cara do Fofão, aquele do Balão Mágico, ele argumentava que se tratava apenas de 3 quilos, e com ginástica eu conseguiria fácil. Sim, fácil quando se tem dezoito anos! Daí eu expliquei que eu estava sob muito estresse, muita pressão, vivendo um momento de grande tensão na minha vida profissional e tal, e que eu me confortava com a comida. Para quê! Tive que ouvi-lo dizer que, já que eu sabia que me confortava com comida, era só mudar o comportamento! A vontade era de gritar pra ele ”cara, se eu pudesse ir às compras cada vez que sentisse a necessidade de aliviar a tensão do trabalho, do amigo “Batman”, ou qualquer outra, eu certamente o faria!” Mas, é claro que as minhas finanças não permitem, e, é claro também que eu não tenho o autocontrole necessário! Era só me dar a receita e pronto! Não, ele insistia em contra-argumentar!

Foi quando não agüentei mais e utilizei a tática da Pat: “olha aqui, ou você me dá logo a bendita receita, ou eu vou comprar tudo isso no mercado negro! E, pasme, na dose que eu bem entender!” Ele não se intimidou e disse: “te dou a receita e o telefone de um amigo psiquiatra!” Pode tamanha ousadia? Os endocrinologistas já não respeitam a gente! De qualquer forma, depois daquela peleja toda, saí de lá com a minha receita!

Tem dia que só mesmo ficando na cama, viu!
20/06/2010

Então, como escrevi este texto em 20/06, a boa notícia é que estou magra again! Happy happy!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Segunda-feira "peluda" !

.... E a amiga pergunta:
- "E aí Dedé? Como vão as coisas?"
Respondo:
- "Pois é, de minha parte sem muitas novidades: só a ansiedade me corroendo para saber exatamente para onde vou depois da Arvato. Ainda bem que existe Sertralina e Sibutramina.
No mais, me distraindo com as traduções e com o blog.
Vida amorosa: só a que vejo nos filmes, quando vejo algum.
Sexo: por enquanto é menina, mas a ultrasonografia pode estar errada. Melhor perguntar para a mãe da criança.
Saúde: tá boa. Os pulmões melhoraram.
Dieta: já voltei ao peso que estava antes das férias. Deu trabalho.
Família: vai bem, obrigada. E só aumenta.
Dinheiro: deposita aí, que nunca é demais.
Humor: tentando manter. Bom ou mau? Tanto faz. O negócio é manter.
Sanidade: isso engorda? não!? então pode colocar no prato que eu como!"...

domingo, 22 de agosto de 2010

Show de pagodeiro? Fanqueiro? Não!!! Era a Bienal!

Então, como havia dito ontem, fui à Bienal. Penúltimo dia, vocês sabem como é, estava cheio. Não. Lotado! Entupido! O Anhembi estava completamente tomado por pessoas de todas as idades, estilos e lugares! Havia ônibus de excursões escolares, e outros, assim como muitos carros, que vinham de outras cidades. Era fila para entrar no estacionamento, fila para conseguir estacionar, fila GIGANTESCA para chegar até a bilheteria, fila para entrar no pavilhão. Lá dentro, difícil andar, chegar até uma estante de livros, e comprar um livro que fosse era um desafio ao corpo e à mente! Sim, porque demandava esforço físico e uma paciência de monge budista. Na saída, fila. Fila para quem estava de carro, fila para atravessar a passarela, fila para quem ia utilizar os serviços das vans. Era gente que não acabava mais, e o entra e sai era constante.
Mas, sabem de uma coisa? Mesmo com todo aquele sacrifício, as pessoas enfrentavam, entravam, escolhiam livros, compravam, colhiam autógrafos, se inteiravam das novidades literárias, as crianças faziam fila para conhecer a biblioteca ambulante, e achei aquela confusão toda super bacana!

Em um país onde as pessoas dançam “na boquinha da garrafa”, onde um cantor de pagode, feio como o capeta do avesso e que atende pela alcunha de “Belo”, consegue lotar um show assim que sai da penitenciária, após cumprir pena por associação ao tráfico de drogas, sem falar das “celebridades” que o povo elege para criar as leis que regem nosso país (aliás, isso será tema para outro dia), foi bom saber que não é só show de música sertaneja, de pagode ou jogo do Corinthias que atraem multidões nesta cidade! No offense!

Espero que, para a próxima edição, os “des - organizadores” consigam organizar melhor a entrada para o pavilhão. Separar, de fato, o credenciamento dos professores, a entrada especial para as pessoas da melhor idade, para os portadores de necessidades especiais, e todos aqueles que merecem atenção especial por parte da sociedade. E não apenas deixem um único bombeiro lá, literalmente pendurado na grade, tentando orientar as pessoas! O pobre já não tinha mais fôlego lá pelas 16hs!

No mais, parabéns São Paulo! E a todos que vieram de longe prestigiar o evento! Como diria a Ale, que orgulho! 

sábado, 21 de agosto de 2010

Coração peludo, mas...

que hoje está assim: cheinho de espinhos! Espinhos de indignação! Mas, falarei sobre a indignação numa outra hora. No momento, vou visitar a 21a. Bienal Internacional do Livro! Vamos? Amanhã é o ultimo dia! http://www.bienaldolivrosp.com.br/

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Teste para psicopata

Outro dia recebi um e-mail cujo título era: Teste para Psicopata! Claro que ia ler, não é? Afinal, só podia ser piada!

Comecei a ler o teste que dizia mais ou menos assim: uma mulher, no dia do enterro de sua mãe, conhece aquele que viria a ser o homem de sua vida. Detalhe é que ela nunca o havia visto antes. Mas, enterro ou não, o fato é que enterrava a velha, mas encontrava o príncipe encantado.

Após um período de felicidade ao lado do homem a fazia a mulher mais feliz do mundo, o dito cujo simplesmente desaparece, para desespero da moça. Após duas semanas de buscas incessantes, e nada de achar o homem, a mulher mata a própria irmã.

Pergunta para saber se o leitor do e-mail era psicopata (eu!): por que a moça matou a irmã? Ah, esta é fácil! Não é isso que você também está pensando agora? Ela matou a irmã porque descobriu que a infeliz estava ficando com o bofe dela, uai! Não? Não. Então, ela matou a irmã porque descobriu que a irmãzinha havia matado o homem da sua vida! Não? Não. Ah sei lá! Pirou na batatinha e matou a irmã de raiva! Certo? Errado, pessoas. Vocês, assim como eu, não são psicopatas! (Graças a Deus) A moça matou a irmã para ver se o cara aparecia no enterro! Mente de psicopata, gente!

Agora, por um momento, pensa em tudo que você já fez por causa de um bofe? Para chamar a atenção dele? Para conseguir um segundo ou, quem sabe, até um terceiro encontro? Quantas desculpas você já inventou para justificar o desaparecimento do cara depois daquela noite fenomenal? Aquela que depois você até pensou: “vai dar namoro”, “tá amarrado”! Ele não ligou e você ficou 01 mês inventando desculpas, mandando torpedinho, e vai ver até que ele tentou ligar, não é? Mas a sua operadora de celular vive fora de área! Ou, vai ver até que você errou ao dar o número do celular para ele, coitadinho!

Não precisa ser psicopata para dar uma de louca quanto o assunto é homem! Todas nós, ou a grande maioria, ao invés de aceitar quando o cara simplesmente não está afim, ou nunca esteve, ficamos inventando historinhas para boi dormir, que nem mesmo nós acreditamos que possam ser verdade! Já assistiu a aquele filme “Ele não está nem um pouco a fim de você”? Se não assistiu ainda, trate de assistir! Se o cara não ligou, não procurou, não voltou, não marcou o segundo encontro, não mandou um sinal de fumaça, nada, é porque ele não estava a fim!

Obviamente, o tal teste é um tremendo exagero, mas, guardadas as devidas proporções, costumamos ir até as últimas conseqüências quando se trata de ter o homem que a gente quer, mas que nem sempre nos quer da mesma forma! Vamos acabar com isso! O negócio é fazer a fila andar. Vamos ficar correndo atrás do bofe que não está nem aí pra gente? De forma alguma, melhor ficar só! Aliás, só não! Quer melhor companhia para você do que você mesma? :)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sopa de letrinhas

Noite, termômetro marcando 14 graus, e quando algumas de vocês podem perfeitamente ainda estar trabalhando, eu acabo de jantar! Certamente pode passar por estas cabecinhas lindas: “que sorte a sua!”. Bom, pode não ser exatamente uma questão de sorte!


Está frio e, já que o almoço foi bacana, em nome do velho e bom regime, mesmo que ele não resulte em um grama a menos no final do mês, o que como diria a amiga psicóloga, é auto-engano puro, eu vou de sopa, porque assim a refeição será leve! Não poderia ter havido escolha mais acertada! Estou de parabéns!

Então já pra cozinha! E que bom saber que terei apenas que abrir um pacotinho, colocar água na panela, ligar o fogão e deixar ferver uns minutinhos! Ahhh sopa pronta! Uma das muitas maravilhas da vida prática e moderna, certo? Errado! Explico.

A tal sopa do século 21 funciona assim: no pacotinho, muito colorido por sinal, algum sabichão do marketing coloca a foto de um prato de sopa repleto de macarrõezinhos lindos, pedaços de legumes e carne, com um aspecto ma-ra-vi-lho-so, que só de olhar você parece sentir o sabor daquela delícia!

Aí eu abro o pacotinho fofo, e vejo lá dentro um pozinho cinza ou verde, sei lá, e uma meia dúzia de macarrões e outras coisinhas não identificadas, que quase nem podem ser vistas a olho nu! E isso aí eu vou misturar na água, ferver e vai virar uma sopa igualzinha a da foto do pacote? Sei. Mas, foi no inferno, abraça o capeta! O próximo passo é a leitura das instruções. Aliás, aviso: sigam sempre as instruções do pacotinho! Este ainda mencionava servir 4 porções! Ok.

Misturar o pozinho “mágico” em 01 litro de água! Isso mesmo: 01 litro de água fria, e depois ficar lá mexendo por 05 minutos até alcançar a fervura! Nesta altura do campeonato, quem já ferve de raiva sou eu! Oh miséria de vida! Mas, voltando à sopa: 01 litro é muito e não tem mais ninguém aqui comigo! Por que diabos eu vou meter 01 litro de água nesta panela? Lugar de banho é no chuveiro! 600 ml de água tá de bom tamanho e ainda sobra sopa pra regar as plantas! Estou eu mexendo aquele aguaceiro que, a cada minuto de fervura, vai ficando mais esquisito. Tá pronta a sopa.

Macarrão? Legumes? Só se eu utilizar o filtro de papel, coar, e, quem sabe, sobre alguma coisa! Pelo amor de Deus! Espera aí! Acho que acabo de me tornar hipertensa! O troço é sal puro! Que bom! Agora estou doente, com a barriga cheia dessa água de cor indefinida, vou ter que tomar mais água por causa deste sal todo, e ainda vou passar esta noite fria entre a cama e o banheiro!

Por que foi que eu deixei a casa de mamãe? Ah, claro! Para me tornar mais independente, ter meu espaço, não ter hora para sair ou chegar, e todo aquele discurso que vocês já conhecem!

Bom, sopa de pacote nunca mais! E já que saí da casa de mamãe, me deixa ir recolher o lixo acumulado pela “mulher independente”, porque amanhã nem é dia de faxineira!

Eita vidinha mais ou menos! :(

domingo, 8 de agosto de 2010

Happy-hour em Sanca!

Sexta-feira, dia de happy-hour, e às 17hs em ponto vem alguém do escritório perguntar: “E aí? Vai rolar? A galera tem alvará!” Alvará, no caso, é a permissão por parte das esposas de alguns. É, tem mulher mandando em casa! Mas aí eu tenho a infeliz idéia de dizer que estava a fim de tomar a minha cerveja não no Pub onde costumávamos ir, mas sim e um bar mais simples, pois eu queria beber naquele famoso copo americano. Bem boteco mesmo.


Aí o companheiro sugere o tal Karibe! Assim mesmo K A R I B E. Tem copo americano? É limpinho? Então vamos lá.

Como ainda era cedo, o bar estava vazio. Simpático. Tem uma TV de plasma grande na parede. Tá rolando um DVD de pagode. Sem preconceito, minha filha. É entrar e beber. Não vai te matar. Sentamos e vamos pedir logo porque o alvará da galera é de 01 horinha apenas.

Bom, aqui não deve nem ter cardápio:

“- Moço, por favor, quais as porções que vocês servem?” Veio o rapaz que servia as mesas:

“- Nóis tem poção de fritas, file aperitivo, lingüiça,...”

Bom, se eles servem “poção”, tudo que a gente pedir será servido em um caldeirão com uma fumaceira danada!

“ - Mais peraí que eu vou trazer o cardápio para madame escolhê.” Madame. Sei. Afinal, tem cardápio.

E tinha lá uma cerveja que eu nem conhecia, acho que era importada, Antactica. Alguém conhece? Ah, eles também serviam almoço e um dos pratos era bife aparmegiana. Decidimos qual cerveja tomar, e para comer, melhor algo que vá ao fogo com pelo menos uns 280º graus de temperatura.

“- Moço, por favor, tem provolone à milanesa?” Pergunta o Bruno:

“- Olha, nóis num tem provolone, mais tem queijo prato. Mais num dá pra fazer a milanesa porque ele derrete.”

Estava tudo muito fácil. Robinho resolve ir ao banheiro. Volta rindo. O banheiro era unisex e tinha lá uma plaquinha dupla-face. De um lado: homem, do outro: mulher. Era só virar. E a coisa só piorava.

“- Bom, tem Doritos?” “Batata frita?” “Fandangos”? Pelo menos seriam todos embalados sem contato manual. Não tinha.

“- Traga um poção de filé então.” Foi no inferno.....

A cerveja chegou. Copinho americano. Vamos beber!

Chega o filé! Aí foi a glória: a carne era super-homem, cheia de músculo! Nadava em um molho com maionese e cebola. Era dor de barriga na certa.

Ainda bem que só durou 01 hora! Bendito alvará. Mas, a cerveja, ah essa estava boa!

São Caetano do Sul. Sanca, para os íntimos!

sábado, 7 de agosto de 2010

Corações peludos se manifestam na literatura!

Termina amanhã (08/08) a FLIP, Festa Literária Internacional de Paraty, que começou no dia 04/08. Mais uma vez, a integrante do proletariado aqui não pode comparecer. Fazer o quê. Mas, procurei acompanhar o que estava rolando por lá, e uma autora em especial me chamou atenção.

Recentemente comentei que precisava treinar meu espanhol e ganhei da Kazinha o livro La Suma de Los Días de Isabel Allende, escritora peruana, naturalizada chilena, que estreou na literatura com A Casa dos Espíritos. Que acabou virando um filme de bastante sucesso, assim como o livro, lembra? Apaixonei-me pela forma como ela escreve, falando de sua família, de sua vida de um modo geral, das emoções e relações humanas. E acho que o que gosto mais no trabalho dela é a maneira como relata os acontecimentos com muita emoção e, não raras as vezes, um humor bastante sutil e inteligente! E até demonstra, às vezes, que tem o coraçãozinho peludo. Um trecho de uma das entrevistas dela que li esta semana conta sobre uma conversa com o dentista:

“Um dentista me disse que quando se aposentar vai escrever. E eu disse: quando me aposentar vou arrancar dentes. Hahaha... Escrever não é arrancar dentes. Escrever é uma paixão.”

ADOREI! Recomendo a autora e vou correndo comprar La Isla Bajo El Mar !

E por hoje era apenas isso que eu pretendia! :)

Olha ele aí de novo!!! :)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Brasil...

Hoje ouví no rádio a divulgação do número de mulheres vivendo abaixo da linha da pobreza em nosso país: 5.200.000. Isso mesmo.  Cerca de 5.200.000 mulheres, sendo que muitas delas são consideradas chefes de família. ... É...sem comentários.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mulher bonita x homem feio.....

Ou homem não tão bonito assim, como vocês preferirem. Outro dia eu estava almoçando no restaurante de sempre, e não pude deixar de ouvir a conversa que rolava na mesa vizinha. Sabem como é restaurante a quilo: as mesas todas grudadas, as bandejas se chocando na fila para servir, que tromba com a fila para pagar, que passa pela churrasqueira, e a gente sai de lá defumada! Pois bem, eram três pessoas, duas moças e um rapaz, todos jovens, e o papo girava em torno da amiga “bonitona”.


O rapaz dizia que achava um absurdo uma garota tão bonita quanto ela, namorar um cara tão feio (isso é o que ele dizia). Ele insistia em sua afirmação, e parecia extremamente incomodado com o par romântico de sua colega! A primeira coisa que pensei foi: “xii, o bofe está é a fim da bonitona”! Obviamente, depois de um pensamento tão inocente, ajeitei o corpo na cadeira, com aquele movimento clássico, sabem? O suficiente para erguer os ombros e, disfarçadamente, olhar a cara do indivíduo. Não, ele não poderia estar a fim da colega. Era o cão chupando manga, e escovando os destes com vassoura! A teoria dele não faria sentido se estivesse a fim dela. O papo foi seguindo, mas eu deixei de prestar atenção. A questão ficou pipocando na minha cabeça.

Comentei com amigas e acabei sabendo de outra opinião masculina sobre o assunto. Era mais ou menos assim: a mulher pode namorar um cara mesmo que não se sinta fisicamente atraída por ele. O cara tem um bom papo, é charmoso, culto, já é. Vou chamar de “atração intelectual” Será que estou “atucanando”o termo? Sei lá. Ainda segundo o sexo oposto, no caso do homem, é impossível que só role atração intelectual. Tem que haver atração física. Mas, se é bonita e inteligente, eles reclamam que dá trabalho ou se amedrontam.

Juntando a opinião do nosso amigo com a do feioso protagonista, chego à conclusão de que não é nada disso! Estão todos errados! Eu vejo muito gato namorando jaburu, e muita mulher bonita com uns caras que você olha e tem vontade de pedir: “o meu filho, desvira aí que você está do avesso!”

E sabem por quê? A beleza é abstrata. Ninguém enxerga o outro através dos seus olhos, se não você mesmo. E, quando a gente sente aquele famoso beliscão na região glútea, a dor de barriga de dar nó nas tripas, o frio na espinha, o que era feio se torna belo, o torto se endireita rapidinho, o que era uma careca reluzente vira um charme, o que era obesidade gera apelidos no diminutivo, não sabe se vestir, mas já não é brega, e sim, low profile, e por aí vai! Certo? Errado? Tá bom. Acordei. Com eles não funciona assim. Então tá.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Recado dado!

Acordei as 03 e pico da manhã e me lembrei que havia sonhado com meu primeiro sutiã! Me lembro dele direitinho! Só que aí não conseguí mais dormir pensando em qual seria o significado do tal sonho, qual seria o recado, a mensagem, que o meu subconsciente teria me mandado. Mania de querer achar explicação para tudo! Vira pro lado e dorme, criatura. Mas, não. Pensamento vai, pensamento vem, do primeiro sutiã passei a me lembrar do meu primeiro namorado, depois do segundo, do terceiro, do ficante, do "affair", daquele, daquelo outro, e batata: descobri qual era o recado! Gente, eu tenho mesmo o dedo podre para escolher homem! Afffiiii! Só por Deus!

domingo, 1 de agosto de 2010

Em tempo:

De 01 a 05/08: SEMANA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO! E por falar em bebezinhos, recomendo o blog: Quero Ser Mãe, da jornalista Cláudia Colluci.
Ótima semana !! :)

"Entressafra Amorosa"

Estava eu “zapeando” na frente da TV, quando, de repente, ouço a expressão “entressafra amorosa”. Como não me ative àquele canal, não saberei dizer em que contexto exatamente ela estava sendo utilizada. Assumi que, provavelmente, alguém comentava sobre o período entre o fim de um relacionamento amoroso e o início de outro. Só pode ser.


Entressafra amorosa, como o famoso “in between Jobs”. E como muito bem observou a Raquel, “atucanaram a solteirice”! E, por que será que utilizaram esta expressão? Vejamos o que diz o dicionário:

“Entressafra: Agr. Período que medeia entre uma safra e outra imediata, de determinado produto.” Imediata. Muito bem. Agora, exemplificando: a cana-de-açúcar possui um período de entressafra que compreende os meses de dezembro a maio, ou seja, seis meses, sendo que no centro sul do país pode chegar a oito meses. Imediatamente após, no máximo, oito meses, temos uma nova safra!

Por que mesmo utilizar a expressão “entressafra amorosa”? Só se for para definir o período em que os homens ficam sozinhos entre um relacionamento e outro, e, acredito, deve tratar-se da minoria. Claro, porque para as mulheres não funciona bem assim. Não posso falar por vocês, mas, vejam meu caso: sabem quando foi a última vez que estive em um relacionamento? Antes que respondam: aliviando um pouco, em benefício próprio, relacionamento, neste caso, entenda-se encontrar regularmente o mesmo indivíduo, com certo grau de intimidade, sem rotular a chamada “relação”, que é justamente para não intimidar o fulano e fazer com que ele vire fumaça, e eu passe a buscar notícias do mesmo na sessão de obituários do jornal. Ah, não sabem? Nem eu! Porque faz muito tempo! Gente, eu estou falando de anos! Não de meses!

Infeliz idéia essa hein? Já pensaram se os períodos de entressafra dos produtos agrícolas durassem tanto tempo? Se tivéssemos que esperar dois, três, às vezes até 04 anos, para uma nova colheita de arroz? Soja? Milho? Trigo? Cevada? Lúpulo? Aí já seria muita sacanagem! Ninguém agüentaria esperar 02 anos para tomar uma cerveja gelada! E leite? (Sim, leite! Aparentemente, até vaca tem período de entressafra.)

Enfim, o melhor é buscar outro termo para definir este período de total abstinência masculina. Que tal pós-guerra? Ou “entre-guerras”? Putz! Tudo a ver! Após a Primeira Guerra Mundial, quanto tempo demorou até explodir a Segunda? Aí sim! Fechou! Agora tudo fez sentido! Agora já não me sinto mais um pé-de-cana! No bom sentido, claro! :)